Já está quase no fim o prazo para adesão ao programa de retomada de obras na área da saúde. Os gestores estaduais e municipais com interesse em dar continuidade aos empreendimentos que não foram finalizados têm até 15 de março para se inscrever. Até o momento, apenas 23% de um total de 5 mil obras tiveram manifestação de interesse. São cerca de 5,5 mil obras que passaram do prazo de execução ou não estão em andamento, segundo o Ministério da Saúde.
O
especialista em finanças César Lima explica que muitas obras paradas — não
apenas na área da saúde, mas em infraestrutura e educação — são interrompidas
por dificuldades na execução.
“Um
problema comum é o abandono das obras devido à falta de capacidade de lidar com
a lentidão nos repasses de recursos públicos, então tudo isso causa essas
paralisações, não só nessa área, mas também em outras”, destaca.
Elton
Fernandes, advogado especialista em direito da saúde, acrescenta um outro
fator: a falta de planejamento. “A gente pode pensar que falta dinheiro, que
houve muitas vezes uma falha no projeto, mas tanto da falta de dinheiro, como a
falha no projeto, ela decorre muitas vezes da falta de planejamento daquele
órgão, por exemplo, para executar essa obra”, pontua.
Entre
os empreendimentos que podem ser retomados estão: Unidades Básicas de Saúde
(UBSs), academias da saúde, construção e ampliação de Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs), além de ações nas redes Cegonha e Neonatal. Os Centros
Especializados em Reabilitação (CERs) e as oficinas ortopédicas também serão
alcançados pelo programa.
Como
se inscrever
Para
aderir ao programa, basta acessar o site do InvestSUS, atualizar o status da
execução física da obra e se inscrever. O Ministério da Saúde disponibilizou
uma página especial com regras e prazos do programa. Os gestores também podem
acessar a cartilha, que traz diversas orientações sobre como aderir e o que é a
iniciativa.
Na
opinião do consultor financeiro César Lima, é fundamental dar continuidade às
obras para melhoria dos serviços e atendimento à população “É muito importante
que se retomem essas obras e se finalizem, uma vez que ali já existem recursos
públicos, gastos investidos ali numa obra e a demora na sua conclusão causa
deteriorização que aumenta o custo dessa obra no final”, salienta.
Para
o advogado especialista em direito médico Elton Fernandes, melhorar a
infraestrura é trazer mais qualidade nesse atendimento. “A medida que eu tenho
uma maior infraestrutura, maior número de profissionais, trabalhando em prol
daquele serviço, eu vou ter um aumento da capacidade e um melhor atendimento”,
reforça.
Ações
que serão consideradas:
Repactuação:
celebração de compromisso formal entre o ente federativo e o Ministério da
Saúde;
Reativação:
regularização da situação de obras ou serviços de engenharia em funcionamento
sem o registro de “concluídas” no Sismob, ou seja, obras já concluídas, com ou
sem recursos próprios do município, mas sem atualização no sistema.
O
Ministério da Saúde editou a Portaria
3.084, no dia 15 de janeiro, para adesão de estados e municípios ao
programa de retomadas de obras paralisadas na área da saúde. O término das inscrições
termina no dia 15 de março.
Fonte: Brasil 61
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