Fotomontagem - crédito Tacilla Medrado
O
Brasil já ultrapassou a marca de um milhão de casos de dengue e mais de 200
mortes. Dezenas de cidades já decretaram estado de emergência por conta da
doença. Mas acabar com os focos do mosquito Aedes Aegypti é papel de todos. Por
isso, o Ministério da Saúde recomenda que toda a população tire 10 minutos
semanais do seu tempo para verificar todo e qualquer lugar que possa servir de
criadouro para o mosquito.
Mas,
para enfrentar a doença, é preciso conhecê-la. Por isso, o Brasil 61 fez um
resumo de tudo o que você precisa saber sobre a fase crítica da doença e a
importância de buscar ajuda o mais rápido possível.
Que
sintomas indicam que estou com dengue?
A
febre alta é um dos primeiros sintomas da doença. Normalmente ela vem seguida
de manchas vermelhas pelo corpo, diarreia, dor de cabeça ou ao redor e no fundo
dos olhos e dores musculares e nas articulações. Segundo a Ministra da Saúde,
Nísia Trindade, após notar esses sintomas, “comece você mesmo a se proteger,
bebendo bastante líquido.”
A
fase crítica da dengue, normalmente, aparece entre três e sete dias do início
dos sintomas, mas por ser uma doença muito dinâmica, a dengue pode evoluir
rapidamente de uma fase para outra.
O
que indica que a doença evoluiu para uma fase mais grave?
Os
sintomas da dengue grave costumam surgir quando a febre começa a baixar. O
Ministério da Saúde orienta procurar ajuda médica imediata caso sinta dor
abdominal intensa, vômito persistente — às vezes até com sangue — além de
sangramento nas gengivas ou nariz, dificuldade para respirar, confusão mental,
fadiga, náuseas, queda da pressão arterial e sangue nas fezes.
Os
perigos da automedicação
Alguns
medicamentos para gripe, anti-inflamatórios e antitérmicos que contenham o
ácido acetilsalicílico não devem ser usados. Eles podem agravar a situação e
levar até a morte. Buscar ajuda nas primeiras 48 horas depois que surgem os
sintomas é fundamental para evitar complicações.
Mulheres
grávidas, crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas — como asma,
diabetes, anemia falciforme, hipertensão, entre outras — são mais suscetíveis a
desenvolver complicações.
A
segunda vez que pega dengue é mais perigosa?
Contrair
dengue uma vez não significa que você vai ficar livre da doença depois. A
reinfecção tem o potencial de ser mais grave que a doença anterior. Por isso,
se você já teve dengue, aumente os cuidados. Use repelentes e caso seja
infectado, procure ajuda médica imediatamente.
Em
uma nova dengue, o sistema imunológico pode entender inicialmente que é uma
infecção igual à anterior, mas, na verdade, ela é provocada por um sorotipo
diferente do vírus (existem quatro tipos). O organismo produz anticorpos contra
o invasor, mas a resposta imune, ineficiente, não neutraliza o novo vírus.
Existe
remédio para tratar a dengue?
Não
existe remédio nem tratamento específico para combater o vírus da dengue.
Mas a orientação do Ministério da Saúde é manter o paciente hidratado e
indicado repouso para aliviar os sintomas — isso nos casos leves. Quando os
únicos medicamentos indicados são o paracetamol ou dipirona — em caso de dor ou
febre. Na maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de 10 dias.
Nos
casos mais graves, o paciente costuma ser internado para o manejo clínico e
acompanhamento frequentes da doença.
Controle
do mosquito ainda é a melhor prevenção
O
Dia D foi criado com essa intenção: mobilizar a população na luta contra o
mosquito. Segundo a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, é preciso redobrar os
cuidados com as nossas casas e em volta delas. “Cerca de 75% dos focos estão
dentro de casa. Vamos tampar as caixas d'água, descartar o lixo corretamente,
manter as vasilhas de água dos animais sempre limpas, guardar garrafas e pneus
em locais cobertos, retirar água acumulada dos vasos de plantas.”
Se
um agente da vigilância ambiental bater à sua porta, seja receptivo, a ajuda e
as orientações dele podem salvar vidas. Além disso, a recomendação é usar
repelentes e telas em janelas e portas.
E
a vacina, para quem é indicada?
A
vacina contra a dengue começou a ser oferecida pelo SUS em fevereiro, mas por
conta da disponibilidade reduzida do fabricante, apenas jovens entre 10 e 14
estão recebendo o imunizante — que protege contra a forma mais grave da
doença.
A ministra da Saúde explica como esse público foi escolhido. “Os critérios de distribuição inicial para um grupo de municípios foram baseados na incidência da doença e definidos pelo Ministério da Saúde e pelos Conselhos Nacionais de secretários de saúdes de estados e municípios.”
Na rede particular, a vacina é segura para quem tem entre 4 e 60 anos. Feita em
duas doses, ministradas com três meses de intervalo entre elas.
Fonte: Brasil 61
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