No
último ano, o comércio eletrônico registrou quase 280 milhões de transações,
porém, em meio a esse volume, ocorreram 3,7 milhões de tentativas de fraude,
resultando em um prejuízo total de R$ 3,5 bilhões. Esses dados alarmantes são
revelados pelo mais recente “Mapa da Fraude”, desenvolvido pela ClearSale, uma
empresa especializada em inteligência de dados e prevenção de fraudes.
O
estudo, focado principalmente em transações com cartão de crédito, analisou
277,4 milhões de operações realizadas ao longo do ano, destacando uma redução
significativa de 28,3% no número de tentativas de fraude em comparação com o
período anterior.
No
que se refere aos setores mais visados pelos fraudadores, produtos
eletroeletrônicos como televisores, videogames e smartphones são os mais
destacados, com valores médios variando entre R$ 2.872 e R$ 1.644.
O
“Mapa da Fraude” também revela que a região Nordeste liderou em índices de
golpes, com um ticket médio de tentativas de fraude de R$ 989,14, seguida pelo
Norte, com média de R$ 982,45. Enquanto isso, o Centro-Oeste e o Sudeste
apresentaram índices semelhantes, com um ticket médio de R$ 989,98 e R$ 932,56,
respectivamente, e o Sul registrou o menor índice, com um ticket médio de R$
995,77.
Quanto
ao perfil das vítimas mais frequentes de fraudes em compras online com cartão
de crédito, destacam-se os homens com até 25 anos de idade.
Os
dados apresentados no artigo evidenciam uma realidade preocupante em relação às
tentativas de fraude no comércio eletrônico, especialmente nas transações com
cartão de crédito. Embora haja uma redução significativa no número de golpes em
comparação com anos anteriores, o impacto financeiro dessas fraudes ainda é
alarmante, totalizando R$ 3,5 bilhões no último ano.
A
análise por região revela disparidades interessantes, com o Nordeste liderando
em índices de golpes, seguido pelo Norte, enquanto o Sul registra o menor
índice. Essa distribuição geográfica pode indicar áreas de maior
vulnerabilidade ou variações nos métodos de prevenção e detecção de fraudes.
Além
disso, a identificação do perfil das vítimas, especialmente homens com até 25
anos, aponta para a necessidade de direcionar esforços educacionais e de
conscientização para esse grupo demográfico específico.
Embora
haja progressos na mitigação das tentativas de fraude, é evidente que ainda há
desafios significativos a serem enfrentados. A implementação contínua de
medidas de segurança, aprimoramento de tecnologias antifraude e educação do
consumidor são fundamentais para proteger os usuários e garantir a integridade
do comércio eletrônico.
(*) Bruno César Teixeira de Oliveira, com uma
carreira sólida na gestão de riscos, compliance e prevenção a fraudes em
instituições financeiras e colunista do O Boletim.
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