Desafios e tendências no E-commerce: o impacto das fraudes

 


(*) Bruno Cesar Oliveira

 

No último ano, o comércio eletrônico registrou quase 280 milhões de transações, porém, em meio a esse volume, ocorreram 3,7 milhões de tentativas de fraude, resultando em um prejuízo total de R$ 3,5 bilhões. Esses dados alarmantes são revelados pelo mais recente “Mapa da Fraude”, desenvolvido pela ClearSale, uma empresa especializada em inteligência de dados e prevenção de fraudes.


O estudo, focado principalmente em transações com cartão de crédito, analisou 277,4 milhões de operações realizadas ao longo do ano, destacando uma redução significativa de 28,3% no número de tentativas de fraude em comparação com o período anterior.


No que se refere aos setores mais visados pelos fraudadores, produtos eletroeletrônicos como televisores, videogames e smartphones são os mais destacados, com valores médios variando entre R$ 2.872 e R$ 1.644.


O “Mapa da Fraude” também revela que a região Nordeste liderou em índices de golpes, com um ticket médio de tentativas de fraude de R$ 989,14, seguida pelo Norte, com média de R$ 982,45. Enquanto isso, o Centro-Oeste e o Sudeste apresentaram índices semelhantes, com um ticket médio de R$ 989,98 e R$ 932,56, respectivamente, e o Sul registrou o menor índice, com um ticket médio de R$ 995,77.


Quanto ao perfil das vítimas mais frequentes de fraudes em compras online com cartão de crédito, destacam-se os homens com até 25 anos de idade.


Os dados apresentados no artigo evidenciam uma realidade preocupante em relação às tentativas de fraude no comércio eletrônico, especialmente nas transações com cartão de crédito. Embora haja uma redução significativa no número de golpes em comparação com anos anteriores, o impacto financeiro dessas fraudes ainda é alarmante, totalizando R$ 3,5 bilhões no último ano.


A análise por região revela disparidades interessantes, com o Nordeste liderando em índices de golpes, seguido pelo Norte, enquanto o Sul registra o menor índice. Essa distribuição geográfica pode indicar áreas de maior vulnerabilidade ou variações nos métodos de prevenção e detecção de fraudes.


Além disso, a identificação do perfil das vítimas, especialmente homens com até 25 anos, aponta para a necessidade de direcionar esforços educacionais e de conscientização para esse grupo demográfico específico.


Embora haja progressos na mitigação das tentativas de fraude, é evidente que ainda há desafios significativos a serem enfrentados. A implementação contínua de medidas de segurança, aprimoramento de tecnologias antifraude e educação do consumidor são fundamentais para proteger os usuários e garantir a integridade do comércio eletrônico.


(*) Bruno César Teixeira de Oliveira, com uma carreira sólida na gestão de riscos, compliance e prevenção a fraudes em instituições financeiras e colunista do O Boletim.




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