Foto reprodução (adaptada)
(*)
Taciano Medrado
Quando
o assunto é gestão pública, os governos petistas são modelos de incompetência,
afinal passaram todo tempo aprendendo nas cartilhas do comunismo como fazer militância
e arruaças, mas quando sentam numa cadeira de prefeito, governador e presidente
é um fiasco total.
E o princípio da eficiência
administrativa?
Segundo a revista Isto É em sua edição dessa terça--feira(30), as
contas do Governo Lulopetista registraram déficit primário em março. No mês
passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 1,527
bilhão. O resultado sucedeu o déficit de R$ 58,444 bilhões em fevereiro.
Rombo Acumulado
O
saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco
Central – foi o pior desempenho em termos reais para o mês desde o ano passado
– a série histórica do Tesouro foi iniciada em 1997.
Em
março de 2023, o resultado havia sido negativo em R$ 7,085 bilhões, em valores
nominais.
O
resultado do mês passado contrariou a mediana das expectativas do mercado
financeiro, de um superávit de R$ 1,4 bilhão em levantamento do Projeções
Broadcast, mas ficou dentro do intervalo das estimativas, que iam de déficit de
R$ 4,49 bilhões a superávit de R$ 8,5 bilhões.
No
acumulado do ano até março, o Governo Central registrou superávit de R$ 19,431
bilhões, o pior resultado desde 2020. Em igual período do ano passado, esse
mesmo resultado era positivo em R$ 31,209 bilhões, em termos nominais.
Em
março, as receitas tiveram alta real de 8,5% em relação a igual mês do ano
passado. No acumulado dos três primeiros meses do ano, houve alta real de 8,9%.
Já as despesas subiram 4,3% em março, já descontada a inflação. No acumulado
deste trimestre, a variação foi positiva em 12,7%.
Em
12 meses até março, o Governo Central apresenta um déficit de R$ 247,4 bilhões,
equivalente a 2,2% do PIB. Desde janeiro de 2024, o Tesouro passou a informar a
relação entre o volume de despesas sobre o PIB, uma vez que o arcabouço fiscal
busca a estabilização dos gastos públicos.
No
acumulado dos últimos 12 meses até março, as despesas obrigatórias somaram
18,3% em relação ao PIB, enquanto as discricionárias do Executivo alcançaram
1,7% em relação ao PIB no mesmo período.
Metas indo para o
buraco
Para
2024, o governo persegue duas metas. Uma é a de resultado primário, que deve
ser neutro (0% do PIB), permitindo uma variação de 0,25 ponto porcentual para
mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço. O limite seria um déficit de
até R$ 28,8 bilhões. A outra é de limite de despesas, que é fixo em R$ 2,089
trilhões neste ano.
No
último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado em
março, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado
deficitário de R$ 9,3 bilhões nas contas deste ano, equivalentes a 0,1% do PIB.
Composição
As
contas do Tesouro Nacional – incluindo o Banco Central – registraram um
superávit primário de R$ 20,008 bilhões em março. No ano, o superávit primário
acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 81,459 bilhões.
Já
o resultado do INSS foi deficitário em R$ 21,535 bilhões no mês passado. Nos
primeiros três meses de 2024, o resultado foi negativo em R$ 62,028 bilhões.
As
contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 17 milhões em fevereiro e
déficit de R$ 123 milhões nos três primeiros meses de 2024.
(*) Professor e redator - chefe
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