O
Brasil registrou 131.900 casos prováveis de dengue na última semana
epidemiológica de abril (semana 16), o que representa uma queda de 55% em
relação à semana anterior, de acordo com o Painel de Monitoramento das
Arboviroses do Ministério da Saúde.
Mesmo
com a redução, o número de casos prováveis da doença neste ano já é mais que o
dobro do que o registrado em todo o ano passado: 1.649.144.
Até
o momento, 1.937 pessoas morreram por causa da dengue no país em 2024 e outras
2.345 mortes estão em investigação. O Distrito Federal (8320,7) lidera a lista
dos maiores coeficientes de incidência — taxa que estima o risco de ocorrência
de casos em uma determinada população, considerando 100 mil habitantes —
com 234.400 casos prováveis. Em seguida, vem Minas Gerais (5795,3), com
1.190.280 casos prováveis e Paraná (3463,8), com 396.367 — todos acima do
coeficiente nacional, que é de 1931,1.
Para
aumentar o combate a doenças causadas pelo Aedes aegypti, na tarde desta
segunda-feira (29), foi inaugurada em Belo Horizonte a biofábrica do Método
Wolbachia, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o governo de Minas Gerais
e a prefeitura da cidade. A administração será da Fiocruz, em parceria com o
World Mosquito Program (WMP), instituição que detém a patente da tecnologia.
O
método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria
Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, Zika e chikungunya se desenvolvam
no inseto. A partir disso, é criada uma nova população de mosquitos, todos com
a bactéria — os chamados de Wolbitos —, que não são geneticamente modificados e
não transmitem doenças.
A
unidade será responsável pela manutenção do ciclo completo dos mosquitos. A
previsão é de que a operação seja iniciada em 2025 e a estimativa de produção é
de dois milhões de mosquitos por semana. Na primeira fase, os insetos serão
soltos na cidade de Brumadinho e em outros 21 municípios da Bacia do Rio
Paraopeba.
Eficácia
A
aplicação do Método Wolbachia em Niterói, no Rio de Janeiro, mostrou uma
redução de 69,4% dos casos de dengue, 56,3% nos casos de chikungunya e 37% nos
casos de Zika na cidade, segundo o Ministério da Saúde.
Em partes da capital mineira a tecnologia já havia sido testada com a liberação de mosquitos. A primeira etapa, na região de Venda Nova, foi finalizada em janeiro de 2021 e uma expansão foi finalizada em 2023. A nova biofábrica fica no bairro Gameleira, região oeste da capital mineira e tem 4 mil m².
Participaram
da solenidade de conclusão da obra o Governo de Minas Gerais, o
Ministério Público (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria
Pública (DPMG), além de representantes do Ministério da Saúde e do World
Mosquito Program (WMP) Brasil/Fiocruz.
Fonte: Brasil 61
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