O futebol brasileiro perdeu a sua graciosidade

 


(*) Taciano Medrado


O futebol brasileiro, definitivamente chegou no fundo do poço. Não obstante o péssimo desempenho da nossa seleção masculina de futebol nos últimos anos, agora o fanático torcedor brasileiro assisti atordoado a uma enxurrada de denúncias contra a arbitragem e da Comissão de arbitragem da CBF nos campeonatos espalhados pelo pais.


Erros ou manipulação?


Quem assisti assiduamente a todos os jogos pelo Brasil, em seus diferentes campeonatos, já começou a olhar com desconfiança a postura e as decisões das arbitragens e em especial do VAR (arbitro de vídeo). Não há uma partida em que a arbitragem não seja crivo de críticas e polemicas.


Não estamos falando de erros comuns, que podem acontecer em qualquer partida e por um lance inadvertido o juiz possa se equivocar, afinal são seres humanos e já presenciamos muitos reconsiderarem suas decisões equivocadas e voltarem atrás.


Estamos falando de interferências absurdas da arbitragem de vídeo que tem mudado os resultados dos jogos em analises tão minuciosas e detalhistas que nem a NASA ousaria fazer. Impedimentos marcado com preciosidade exagerada de pouco centímetros, interpretações de penalidades subjetivas e supostamente tendenciosas, muitas delas oriundas de lances envolvendo toque de mão na bola, ou toque da bola na mão do zagueiro.


Denúncia grave


Como havia prometido, o dono do Botafogo, John Textor, entregou à Polícia Cívil, no começo desta sexta-feira (19), documentos sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro. O dono da SAF Botafogo, alega que as últimas duas edições do Campeonato Brasileiro, vencidas pelo Palmeiras, foram manipuladas.


O norte-americano foi intimado a depor, como informou a Polícia Civil, na quarta-feira da semana passada, dia da estreia do Botafogo na fase de grupos da Conmebol Libertadores. Em pouco mais de três horas na Cidade da Polícia, o empresário citou nomes de árbitros e outras pessoas que acredita estarem envolvidas nos supostos casos de manipulação, apresentou jogos, mas pediu tempo para entregar os documentos.


- Eu fui à delegacia, comecei o processo, entreguei provas, dei meu depoimento. Eu tenho muito mais provas do que um relatório da Good Game!. (...) É um dia maravilhoso. Falei com investigadores independentes e razoáveis que não pareceram estar torcendo por clube nenhum. É muita informação, são meses de coleta de dados. É muito o início de um processo muito saudável - afirmou Textor ao ge no dia.


Textor apresentou as evidências quando esteve pessoalmente com a Polícia, na última semana, mas ficou combinado entre as partes que o norte-americano enviaria os documentos para os responsáveis para facilitar nas investigações, já que são mais de 100 páginas de relatórios, áudios e análises de comportamentos de jogadores.


As evidências, segundo Textor, são relatórios de jogos possivelmente manipulados produzidos pela Good Game!, empresa especializada em checar e fazer análises de arbitragem com inteligência artificial (no ano passado, o ge divulgou o relatório produzido por Textor ), apresentação de nomes e divulgação de áudios.


A Polícia Civil, por meio da Delegacia do Consumidor (DECON), e o Ministério Público investigam o caso. Todas as investigações seguem sob sigilo.


Convocado

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado Federal convocou novas autoridades para prestar depoimentos em sessão secreta. Os requerimentos foram apresentados pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da comissão; Eduardo Girão (Novo-CE), vice-presidente; Carlos Portinho (PL-RJ); e Romário (PL-RJ), relator. Dentre os convocados estão Raphael Claus, árbitro Fifa e presente na última Copa do Mundo, Daiane Muniz, assistente de vídeo (VAR) Fifa, e Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. Os requerimentos poderão ser aprovados em sessão nesta quarta-feira, 24.


Também foi convocado para a oitiva Glauber do Amaral Cunha, ex-árbitro de futebol citado por John Textor, dono da SAF do Botafogo, por suposto recebimento de propina. O empresário americano apresentou à CPI um áudio em que supostamente o juiz confessa ter recebido dinheiro para manipular lances de um jogo. Não se sabe ao certo qual é a partida envolvida.


(*) Professor e Redator - Chefe



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