Quem circula pelo centro da cidade de Juazeiro, mais precisamente pela Praça da Misericórdia, pode não perceber, mas em seu entorno está uma octogenária, a Associação Comercial Industrial e Agrícola – ACIAJ, que desde 1944 representa, reúne e amplifica os anseios de classes produtivas do município.
Desde
a sua inauguração, em 16 de maio de 1944, a ACIAJ está instalada no mesmo
local. Um casarão que ainda guarda em sua fachada detalhes de outras décadas.
Se as paredes pudessem, testemunhariam as inúmeras reuniões e decisões
importantes que ali aconteceram, as presenças de pessoas de significativa
relevância que contribuíram para a capacitação e crescimento da atividade
econômica de Juazeiro.
Há
80 anos, a ACIAJ cumpre a sua missão em representar e promover o
desenvolvimento da classe empresarial, industrial e agrícola do município,
liderando iniciativas e defendendo os interesses, com responsabilidade social e
benefício da comunidade. Um dos ex-presidentes da Associação, John Khoury,
acompanhou de perto boa parte da história e dos feitos da ACIAJ.
"Desde
a época do Clube Comercial (fundado em 1893), os comerciantes já se reuniam e
discutiam sobre a produtividade, mas também prezavam pela parte social.
Trouxeram governadores, senadores e deputados para pleitear melhorias e
mudanças para a região. Foi a partir daí que criaram a ACIAJ para ampliar e
fortalecer ainda mais os diversos setores que movimentavam a economia da
cidade. A Associação sempre esteve presente em momentos importantes, não
somente para o empresariado, mas na vida de Juazeiro. Me lembro bem do
Centenário da cidade, da chegada da Superintendência de Desenvolvimento
Industrial e Comercial (Sudic), da nossa luta para a regulação do preço da
cebola, quando o governo queria importar esse produto, sendo que o preço já
estava ruim por aqui. O plantio de cebola era uma atividade importantíssima
para a economia da região. Isso é e sempre foi a associação defendendo os
empresários, mas sem nunca deixar de se preocupar com a cidade como um
todo", relembra Khoury
Em 1996, a ACIAJ recebeu uma ampla reforma para melhorar as suas instalações e
oferecer aos associados, melhor possibilidade de atendimento e uso do espaço
que é disponibilizado para cursos de capacitação de funcionários das empresas
associadas, palestras e apresentações de projetos aos associados, votações e
atendimento técnico junto aos colaboradores da Associação.
Com
novos tempos, novas gestões e novas conquistas. Juazeiro passa a receber
inúmeros eventos em virtude do crescimento e potencial produtivo da região e,
as parcerias que a ACIAJ fortaleceu seus elos, foi o diferencial para aumentar
a representatividade de Juazeiro. Um dos ex-presidentes da ACIAJ e atual
presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Juazeiro – Sindilojas, Paulo
Henrique Barreto de Andrade, reconhece e enaltece esse crescimento da cidade.
"Através
de muitos presidentes que passaram pela ACIAJ, cada um fez a sua parte. Trazer
o melhor para o comércio, o serviço, para a indústria e a área agrícola.
Participamos ativamente, desde o início, da Feira Nacional de Agricultura
Irrigada (Fenagri), uma das feiras do setor agro mais importantes do país.
Promovemos a Ovinocaprinocultura, atividade com grande produção na região.
Conquistamos a instalação de um escritório da Junta Comercial do Estado da
Bahia na sede da ACIAJ para agilizar o processo de abertura ou fechamento de
empresas, já que antes era necessário ir à Salvador para isso. As parcerias
entre entidades da cidade foram fundamentais para isso. ACIAJ, Câmara de Dirigentes
Lojistas (CDL) e Sindilojas são entidades que caminham juntas na luta em prol
do empresariado de Juazeiro. Firmamos parcerias com Sebrae e a Faceb para
fazermos mais pelo nosso município. Sempre lutando com afinco", declara
Paulo Henrique.
Hoje,
aos 80 anos, a ACIAJ continua a se reerguer após um período marcado pela
pandemia de Covid-19. Toda atividade econômica foi afetada, mas desistir de
lutar por Juazeiro e os setores produtivos da cidade nunca foi uma opção. Que o
diga o atual presidente da associação, George Falcão, que assumiu a gestão no
momento em que muitos comerciantes, industriários e agricultores precisavam
repensar suas atividades.
"Somos
a voz dos nossos associados em todas as situações. Todos puderam e podem contar
com a ACIAJ em tudo que é pertinente para desenvolver o seu negócio, como
também contar com a entidade para fazer questionamentos. Quando algumas
situações, criadas por órgãos reguladores ou outras entidades, que impedem ou
trazem prejuízos para os setores que movimentam a economia de Juazeiro, é a
ACIAJ e seus parceiros como a CDL e a Sindilojas, que se voltam para levar os
problemas que os comerciantes, industriários e os agricultores enfrentam para,
conscientemente, moldar uma resolução pertinente", diz George Falcão.
Com
muito futuro pela frente, a Associação Comercial Industrial e Agrícola de
Juazeiro, mira em novos projetos, campanhas promissoras, aumentar a sua
visibilidade junto aos órgãos e políticos importantes para mais conquistas e em
seguir a sua missão de contribuir para que a cidade continue crescendo
economicamente tornando os setores produtivos juazeirenses potenciais a serem
seguidos.
"Queremos
que a importância da ACIAJ alcance mais associados que percebam o poder que
associativismo traz para as suas empresas e negócios. Que eles podem contar com
apoio jurídico, assessoria econômica, financeira e de negócios, auxílio no
planejamento financeiro, cursos e capacitações para suas equipes. Toda a nossa
estrutura é para essa finalidade. Temos uma vida longa pela frente com muitas
missões, campanhas já encaminhadas e queremos, cada vez mais, nos espelhar em
situações positivas e de sucesso de mercados nacionais e internacionais para
trazer esse aprimoramento das atividades comercial, industrial, agrícola e
serviços para a nossa Juazeiro"- finaliza o atual presidente da ACIAJ.
Texto : Magda Lomeu (Falô Soluções Criativas)
Fotos: Acervo ACIAJ
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