Entenda em qual estágio o mundo e o Brasil estão no uso do hidrogênio verde

 

Desde que os eventos climáticos extremos deixaram de ser fenômenos ocasionais para virarem rotina, o clima passou a dominar a agenda pública e empresarial.


Ao mesmo tempo em que nações se mobilizam para baixar emissões de carbono, profissionais buscam entender melhor a chamada Economia Verde e suas oportunidades, que tendem a se expandir cada vez mais, pois empresas em sintonia com o tema vêm ganhando mais espaço no mercado.


Com a série de reportagens ‘Era do Clima’, o Estadão vai além do diagnóstico da crise climática e discute saídas para o desenvolvimento sustentável do Brasil, País referência da Economia Verde.


HIDROGÊNIO VERDE


O hidrogênio verde é a grande aposta do mundo para substituir os combustíveis fósseis e reduzir as emissões de carbono do planeta. O hidrogênio precisa usar fontes de energia renováveis para ser considerado ‘verde’. É como o Brasil sai na frente como um dos países com maior potencial para produzir um hidrogênio verde competitivo.


No Brasil, a energia de fontes renováveis já corresponde a 47,4% da matriz. No restante do mundo, as fontes renováveis correspondem a 15% da geração de energia.


Em todo o mundo, ainda é uma promessa a ideia de substituir o petróleo pelo hidrogênio verde. Há nações mais avançadas do que outras em investimentos e regulamentações, e muitos projetos em fase inicial.


Onde o mundo está? E onde precisa chegar?


Atualmente, a demanda anual por hidrogênio cinza (produzido a partir de combustíveis fósseis, como o gás natural) é de 96 milhões de toneladas por ano. A Agência Internacional de Energia calcula que a demanda pode passar para a casa de 200 milhões de toneladas até 2030, com a redução do uso do hidrogênio cinza e o maior uso de hidrogênio de baixo carbono -- tendo o hidrogênio verde neste cálculo.


Atualmente, o produto é usado, principalmente, em fertilizantes e na indústria de aço e poderá ser substituído pelo verde. A maior demanda no futuro, entretanto, deve vir de mercados em que hoje o hidrogênio não é explorado, como no transporte e em outros processos industriais. Há, por exemplo, estudos para utilizá-lo como combustível de avião, navio e caminhões.


A criação desse mercado depende, em grande parte, da taxação da emissão de carbono – a criação de um “imposto verde” pode taxar atividades poluentes e produtos com base na quantidade de carbono emitido em sua produção. Se as empresas forem obrigadas a “pagar para poluir”, elas terão de buscar alternativas sustentáveis.


Por Luciana Dyniewicz e Beatriz Bulla/Estadão



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