Dezoito
pessoas foram presas e uma foi baleada na manhã desta terça-feira (21), na
Bahia, Pernambuco e Alagoas, durante uma operação
da Polícia Federal, que investiga policiais militares da Bahia e Pernambuco,
CACs e lojistas suspeitos de integrar uma organização especializada em
vender armas e munições ilegais para facções criminosas.
👉 Para a operação, foram determinados o
cumprimento de 20 mandados de prisão e 33 de busca a apreensão.
A
pessoa baleada foi identificada como Diego do Carmo dos Santos. O confronto
aconteceu no bairro São Gonçalo do Retiro, em Salvador.
Esquema
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As
investigações apontaram que Diego do Carmo fez 16 encomendas aos investigados.
A primeira delas ocorreu em 14 de fevereiro de 2022 e a última, em 6 de junho
de 2023, ou seja, um período de cerca de 16 meses.
Na
operação desta terça, foram apreendidas ao menos 20 armas de fogo (a maioria
pistolas 9 mm) e milhares de munições, de todos os tipos, incluindo de fuzil.
Em
uma casa em Salvador, a força tarefa encontrou mais de 400 munições de fuzil. O
dono do arsenal ilegal foi preso agora em Petrolina.
Segundo
fontes da força tarefa, também foram apreendidos dezenas de celulares e
computadores. O material vai passar por perícia, para permitir identificar mais
suspeitos de integrar o esquema criminoso de desvio de armas para facções
criminosas.
Quem
participou da operação:
A
ação integrada é feita pela PF e Ministério Público da Bahia;
A
operação conta com apoio da Polícia Civil da Bahia, as polícias Militar da
Bahia e de Pernambuco, além do Exército Brasileiro.
Segundo
a Polícia Federal, desde as primeiras horas da manhã, cerca de 325 policiais
cumprem os mandados em desfavor de agentes de segurança pública, CACs,
empresários e lojas de comercialização de armas de fogo, munições e acessórios.
Veja
abaixo as cidades em que ocorrem o cumprimento dos mandados:
Salvador
(BA);
Petrolina
(PE);
Foi determinado, ainda, o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão da atividade econômica de três lojas, localizadas em Juazeiro, Petrolina e Arapiraca, que comercializavam material bélico de forma irregular.
Durante
a deflagração da operação, o Exército Brasileiro fiscalizou outras lojas que
vendem armas, munições e acessórios controlados nos municípios de Juazeiro, no
norte da Bahia, e Petrolina, no sertão de Pernambuco.
Os
investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, comercialização
ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com
penas somadas que podem chegar a 35 anos de reclusão.
A operação foi denominada "Fogo Amigo". De acordo com a PF, o nome faz alusão ao fato de que os policiais integrantes da organização criminosa vendem armas e munições de forma ilegal para criminosos faccionados e que acabam sendo utilizadas contras os próprios órgãos de segurança pública
A
Polícia Federal informou que o caso continuará a ser investigado, na tentativa
de descobrir a real amplitude da suposta organização criminosa e identificar
outros integrantes.
Fonte: g1 Bahia.
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