Foto captura de tela da Reuters
Da redação
5º mandato
Seguindo a saga dos mais famosos ditadores da história da humanidade, Putin Vladimir Putin, tomou posse para um novo mandato de seis anos
nesta terça-feira (7), em uma cerimônia no Kremlin que foi boicotada pelos
Estados Unidos e outros países ocidentais, na qual ele disse que estava
potencialmente aberto a negociações nucleares com o Ocidente. Já é o quinto mandato, completando anos no poder na Russia.
Putin,
no poder como presidente ou primeiro-ministro desde 1999, inicia seu novo
mandato mais de dois anos depois de ter enviado dezenas de milhares de soldados
para a Ucrânia, onde as forças russas recuperaram ímpeto após uma série de
reviravoltas e estão buscando avançar ainda mais no Leste.
Guerra Russia x Ucrânia
Aos
71 anos, Putin domina o cenário político nacional. No cenário internacional,
ele está travado em um confronto com os países ocidentais, aos quais acusa de
usar a Ucrânia como um veículo para tentar derrotar e desmembrar a Rússia.
Putin
disse à elite política da Rússia, após tomar posse, que não estava encerrando o
diálogo com o Ocidente, mas que este teria que fazer sua própria escolha sobre
como se envolver com seu país.
Ele
afirmou que as conversas sobre estabilidade nuclear estratégica com o Ocidente
também eram possíveis, mas somente em termos iguais.
“Somos
um povo unido e grande e, juntos, superaremos todos os obstáculos, daremos vida
a tudo o que planejamos. Juntos seremos vitoriosos”, disse Putin.
Em
março, Putin obteve uma vitória esmagadora em uma eleição rigidamente
controlada, da qual dois candidatos contrários à guerra foram barrados por
motivos técnicos.
Seu
oponente mais conhecido, Alexei Navalny, morreu repentinamente em uma
prisão no Ártico um mês antes, e outros críticos importantes estão presos
ou foram forçados a fugir para o exterior.
Os
Estados Unidos, que disseram não considerar sua reeleição livre e justa, não
compareceram à cerimônia de posse nesta terça-feira.
Reino
Unido, Canadá e a maioria das nações da União Europeia também decidiram
boicotar a cerimônia de posse, mas a França disse que enviaria seu embaixador.
A
Ucrânia afirmou que o evento buscou criar “a ilusão de legalidade para a
permanência quase vitalícia no poder de uma pessoa que transformou a Federação
Russa em um Estado agressor e o regime governante em uma ditadura”.
Sergei
Chemezov, um aliado próximo de Putin, disse à Reuters, antes da cerimônia, que
Putin trouxe estabilidade, algo que até mesmo seus críticos deveriam saudar.
“Para
a Rússia, essa é a continuação do nosso caminho, isso é estabilidade – você
pode perguntar a qualquer cidadão na rua”, disse Chemezov.
“O
presidente Putin foi reeleito e continuará seu caminho, embora o Ocidente provavelmente
não goste disso. Mas eles entenderão que Putin é a estabilidade para a Rússia,
e não um tipo de pessoa nova que veio com novas políticas – seja de cooperação
ou até mesmo de confronto.”
Com informações do Newsrondonia
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