Pesquisas eleitorais e seus efeitos nocivos como: manipulações, desinformações, percepção errônea e Pressão Psicológica sobre Eleitores, dentre outros. Fiquem atentos!

 


(
*) Taciano Medrado

 

No início dessa semana foi divulgado uma pesquisa de intenção de votos realizada por um instituto e divulgado por jornal eletrônico da capital baiana sobre os pré-candidatos a prefeito de Juazeiro no norte baiano, que gerou muita polêmica e revolta na cidade entre os eleitores.


Para a maioria, a referida pesquisa não tem credibilidade por possuir ar de manipulação em favor de um pré-candidato, Isaac Carvalho, que segundo corre pelos quatros cantos da cidade que se encontra com situação complicada no TSE, inclusive com status de inelegibilidade.


Os resultados da referida pesquisa mostram discrepâncias, pois alguns pré-candidatos (a)s que vem crescente muito junto à opinião pública, como a professora Maeth,  sequer pontuou, logo ela que representa um sindicato dos professores aposentados, ativos e pensionistas,  e ainda aponta  a atual prefeita de Juazeiro, Suzana Ramos, como em desvantagem e em segundo lugar o que é contestado pela  sua  assessoria,  que alega que tal pesquisa tenta passar para o eleitorado desinformação, percepção errônea e manipulação estratégica com o intuito de pressionar os eleitores a votarem em um candidato que se encontra sub judice perante o TSE.


As pesquisas eleitorais, embora sejam ferramentas valiosas para medir a opinião pública e prever resultados de eleições, podem ter efeitos nocivos que afetam tanto o processo eleitoral quanto a sociedade em geral. 


Abaixo estão alguns dos principais efeitos negativos das pesquisas eleitorais:


Efeito de Bandwagon (Efeito da Modinha):


Os eleitores tendem a apoiar o candidato que está à frente nas pesquisas, criando um efeito cascata. Isso pode desmotivar o apoio a candidatos menos populares e influenciar indecisos a escolherem o candidato que parece mais provável de vencer.


Desestímulo ao Voto:


Quando as pesquisas indicam que a eleição já está decidida, seja por uma grande vantagem de um candidato ou por um favoritismo claro, os eleitores podem sentir que seu voto não fará diferença e decidir não votar, o que diminui a participação eleitoral.


Manipulação e Estratégia de Campanha:


Candidatos e partidos políticos podem usar os resultados das pesquisas para ajustar suas estratégias de campanha, o que pode levar a campanhas menos autênticas e mais focadas em agradar o eleitorado em vez de apresentar propostas substanciais.


Desinformação e Percepção Errônea:


As pesquisas podem ser interpretadas ou apresentadas de maneira tendenciosa pela mídia ou pelos próprios institutos de pesquisa, levando a uma percepção distorcida da realidade. Além disso, a variabilidade nas metodologias pode resultar em resultados conflitantes, confundindo os eleitores.


Impacto na Cobertura Midiática:


A mídia tende a focar excessivamente nas "corridas de cavalos", discutindo quem está na frente e quem está atrás, em vez de abordar questões políticas importantes e aprofundar nas plataformas dos candidatos.


Pressão Psicológica sobre Eleitores e Candidatos:


As pesquisas podem criar um ambiente de pressão constante tanto para eleitores quanto para candidatos. Os eleitores podem sentir-se pressionados a votar em quem tem mais chances de ganhar, enquanto os candidatos podem sentir a necessidade de mudar suas posições para se alinhar com as tendências das pesquisas.


Efeito de Espiral do Silêncio:


Os eleitores que apoiam candidatos que estão mal nas pesquisas podem sentir-se desencorajados a expressar suas opiniões, levando a uma espiral do silêncio onde as opiniões minoritárias se tornam ainda menos visíveis e menos representadas.


Volatilidade e Instabilidade:


Pesquisas frequentes podem mostrar flutuações momentâneas que não necessariamente refletem uma mudança real de opinião, mas sim uma resposta a eventos temporários. Isso pode criar uma sensação de volatilidade e instabilidade no cenário eleitoral.


Esses efeitos nocivos das pesquisas eleitorais destacam a importância de interpretá-las com cautela e de considerar outras fontes de informação e análise ao tomar decisões eleitorais. 


Por fim , é fundamental para a saúde democrática que os eleitores estejam bem informados e que o foco das campanhas e da cobertura midiática esteja nas questões substanciais e nas propostas dos candidatos, em vez de apenas nos números das pesquisas.


(*) Professor e analista político

 


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