Crédito: Wynitow Butenas
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído há 34 anos pela Lei 8.069, é um marco na proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes no Brasil. Em 2024, a sanção da Lei 14.811 trouxe atualizações significativas e estabeleceu novas medidas de proteção contra a violência. Entre elas, a inclusão de bullying e cyberbullying no Código Penal e a criação da Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual infantojuvenil.
Esse
fortalecimento das leis ocorre em um contexto alarmante: o número de atas
registradas em cartório relatando episódios de bullying e cyberbullying bateu recorde
no Brasil em 2023, com 121 mil casos – uma média superior a mais
de 10 mil por mês. Esse levantamento inédito, feito pelo Colégio Notarial
do Brasil, revela a seriedade do problema, uma vez que o documento atesta a
veracidade de fatos ocorridos tanto no mundo real quanto no virtual.
“Para
o Pequeno Príncipe, o cuidado começa com a garantia de direitos. Essas
atualizações ampliam a punição de crimes cometidos contra os pequenos. Além
disso, aumentam ainda mais a proteção física e psicológica de milhares
de crianças e adolescentes para que possam ter uma vida plena e saudável,
crescer e desenvolver-se com dignidade”, destaca a diretora-executiva do
Hospital, Ety Cristina Forte Carneiro.
Quais
são os impactos do bullying e cyberbullying?
O bullying é caracterizado por uma prática agressiva e intimidadora com comportamentos deliberados, repetidos e hostis que visam a prejudicar o outro. Já o cyberbullying é a ação dessas agressões no ambiente virtual. Essas são duas formas de violência que afetam profundamente o bem-estar de crianças e adolescentes.
Segundo
a psicóloga e coordenadora do Serviço
de Psicologia do Hospital Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski da Silva,
esses tipos de violência são de muita gravidade e preocupação. Principalmente
se a vítima não tiver capacidade de compreensão do contexto e apoio
externo da família.
“Essas
práticas podem levar a estresse constante pela convivência com o medo. Além
disso, geram baixa autoestima, constrangimento e solidão. Isso ocasiona quadros
de ansiedade, depressão, bem como riscos de autolesão e suicídio. Ainda mais,
comportamentos agressivos e hostis nas demais relações. Sejam quais forem as
consequências, fato é que podem gerar sofrimento e precisam ser combatidos
por toda a sociedade”, completa.
Em
casa, a orientação é para que os pais e responsáveis se interessem sobre o que
acontece no ambiente escolar e social dos filhos, abrindo um canal de
diálogo. Assim, se uma situação de ameaça acontecer, a criança ou o adolescente
vai sentir-se confortável para contar e demonstrar sinais de que algo não está
correto.
Pequeno
Príncipe e ECA
Instituição
filantrópica, o Pequeno Príncipe entrega serviços de saúde e garante o
direito à vida, bem como os demais direitos de crianças e adolescentes. Isso
significa oferecer uma assistência que vai além do tratamento. Programas e
projetos promovem, por exemplo, a convivência familiar digna (Programa Família Participante), atenção à primeira infância
(Programa Primeiríssima Infância) e forte atuação no
atendimento e no combate às violências (Campanha Pra Toda
a Vida). Além disso, o Hospital realiza acompanhamento nutricional, social e psicológico,
e a oferece atividades de educação, cultura e lazer.
Fonte: hospital pequeno príncipe
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