ELEIÇÕES NA VENEZUELA: opositor está na frente em pesquisas, mas Maduro fala em banho de sangue e Guerra civil se perder. Diz jornal

 


A campanha para as eleições presidenciais na Venezuela terminou nesta quinta-feira (25) com comícios em Caracas dos dois candidatos, o presidente Nicolás Maduro e o concorrente da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia. O resultado do pleito que acontece no domingo (28) é incerto. Pesquisas de intenção de voto independentes dão vantagem à oposição, mas Nicolás Maduro não parece pronto a deixar o cargo.


O clima de final de campanha era festivo nas ruas de Caracas nesta quinta-feira. Nada sugeria que as pesquisas colocam Maduro atrás de Gonzalez Urrutia, com cerca de 30% das intenções de voto


“Nicolas Maduro vencerá com 56% ou mais!”, exclamou Lizmary Carballo, ativista do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que estava presente no comício. "Vai ser difícil porque há muitas pessoas que não conseguem ver além da ponta do nariz e não veem o que está acontecendo", reconheceu.


Através de sua conta no X, o presidente celebrou o fim da campanha. “Campanha heroica! O povo transbordou pelas ruas, avenidas e rodovias, o que nunca faltou ao nosso comandante Hugo Chávez Frías e resistimos porque amamos a nossa pátria. Temos fé no que é nosso. Vocês são minha força! Estamos prontos para a grande vitória no dia 28 de julho!", publicou.


A mobilização é uma das chaves para a votação de domingo na Venezuela. Uma participação elevada poderia beneficiar a oposição que realizou uma campanha atípica. Maria Corina Machado, uma das principais líderes da direita, bastante radical em suas posições contra o governo de Maduro, venceu as primárias, mas foi declarada inelegível.


Ela foi substituída em abril passado por Edmundo Gonzalez Urrutia, um ex-diplomata, quase desconhecido, de fala mansa que nunca atacou frontalmente seu oponente. “O apelo à reconciliação entre os venezuelanos esteve no centro da minha campanha”, declarou recentemente, dizendo estar confiante na vitória.


Nicolás Maduro alerta para guerra civil


Resta saber, no entanto, se Maduro aceitará uma derrota. Esta é a grande incerteza que paira sobre esta eleição. Há poucos dias, o líder chavista, no poder há 11 anos, sugeriu que não pretendia largar as rédeas do país. “Se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil, certifiquem-se de que teremos a maior vitória possível”, disse ele a seus apoiadores. 


Declarações que foram duramente criticadas, entre outros, pelo presidente Lula, apesar de ser um aliado tradicional de Nicolás Maduro. 


O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, além do colombiano Gustavo Petro e outros líderes da esquerda latino-americana, começaram a distanciar-se do governo venezuelano e a exigir respeito pelos resultados.


O presidente venezuelano reagiu criticando os sistemas eleitorais do Brasil, da Colômbia e dos Estados Unidos, acrescentando que o sistema venezuelano era o melhor do mundo. 


Em entrevista ao jornal espanhol El País, o filho de Nicolás Maduro tentou acalmar os ânimos afirmando que se Edmundo Gonzalez Urrutia ganhasse a votação do próximo domingo, as autoridades reconheceriam os resultados.


Garantias contra fraudes


Estarão presentes na Venezuela centenas de observadores estrangeiros, mas o seu número não é suficiente para monitorar o bom funcionamento do pleito. 


Brasil e Colômbia decidiram não enviar observadores à Venezuela. A oposição venezuelana denunciou esta terça-feira (23) “problemas técnicos” no site do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que a teriam impedido de credenciar seus mesários para domingo. 


O problema foi finalmente resolvido, segundo a Plataforma Unitária que conseguiu inscrever mais de 90 mil mesários que considera essenciais para garantir o bom desenrolar das eleições.


Fonte: RFI



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