O
presidente Nicolás Maduro afirmou neste sábado (27) que o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) do Brasil “se incomodou” com o que qualificou como uma “versão
deturpada” do que falou sobre o voto em diferentes países do mundo.
A
afirmação foi feita em um ato para o qual o corpo diplomático no país foi
convidado. A embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira,
esteve no evento, mas a CNN não confirmou se a diplomata estava
presente no recinto durante a fala de Maduro.
Ao
defender que o sistema eleitoral venezuelano é “o mais seguro” do
mundo, o presidente venezuelano voltou a falar do Brasil. Na semana passada,
ele havia dito que os votos no Brasil não são auditados.
“O
sistema eleitoral venezuelano é o sistema mais seguro que se conhece. Dezesseis
auditorias. Que ninguém se incomode no mundo, porque esses dias disse em
relação a um país e se incomodaram”, disse Maduro, afirmando que o Tribunal
Eleitoral do Brasil “se incomodou” com uma “versão deturpada” de sua fala que
segundo ele foi publicada no Brasil. “Mas eu disse uma verdade. Onde fazem 16
auditorias? Em nenhum lugar”, complementou.
A
fala acontece na véspera da eleição presidencial deste domingo (28) e
durante a visita do assessor especial da presidência para assuntos internacionais,
Celso Amorim, à Venezuela, para acompanhar o processo eleitoral.
Assim
que chegou a Caracas, na noite desta sexta (26), o ex-chanceler se reuniu com o
chanceler venezuelano Yván Gil, que qualificou o diálogo como “cordial”. Neste
sábado, ele encontrou com Jorge Rodríguez, presidente do Legislativo
venezuelano e chefe da campanha de Maduro para essas eleições. Rodríguez é um
dos nomes fortes do chavismo e um dos principais articuladores do governo com a
comunidade internacional.
Amorim
também se reuniu com Gerardo Blyde, chefe dos negociadores da oposição
venezuelana com o governo para a assinatura do Acordo de Barbados, no final do
ano passado.
Também
esteve na agenda um encontro com integrantes do Centro Carter, organização para
a promoção da democracia fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy
Carter, que já acompanhou diversos processos eleitorais da Venezuela e é
observador do pleito deste domingo.
O assessor de Lula ainda se reuniu com José Luis Zapatero, ex-primeiro ministro da Espanha, e Leonel Fernández, ex-presidente da República Dominicana.
Fonte: CNN
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