Com
100% de aproveitamento no torneio olímpico (venceu Quênia na estreia e depois
superou o Japão), a seleção brasileira feminina de vôlei entrou na quadra
disposta a derrotar as polonesas a fim de encerrar a fase de classificação como
primeira colocada do Grupo B. Do outro lado, também vindo de duas vitórias, a
Polônia chegou embalada pela boa campanha na briga pela liderança da chave.
O
Brasil iniciou o duelo sem tanta explosão e encontrou dificuldades. Diante de
uma arena lotada, o confronto começou com as polonesas explorando a rede e
abrindo pequena vantagem de 7 a 4.
Aos
poucos, porém, o time brasileiro foi entendendo a dinâmica da partida e mudou o
panorama do set inicial. Com um bom saque, maior volume de jogadas, e a central
Thaisa inspirada, quem precisou correr atrás foi a Polônia. O Brasil abriu
vantagem, chegou a 20 a 14 no placar e jogou a pressão para a equipe rival.
Apesar
da eficiência na rede, a Polônia mostrou vulnerabilidade na recepção e isso
complicou o seu desempenho. O Brasil administrou a vantagem e definiu o
primeiro set em 25 a 21.
O
segundo set foi marcado pelo bom início do Brasil, a proximidade de definir o
set para garantir um 2 a 0 no jogo, e o drama que tomou conta da definição da
segunda parcial.
Determinada
a não dar chances ao adversário, o Brasil resistiu à pressão inicial e, a
partir da metade do segundo set, começou a abrir vantagem. Bem na distribuição
de bolas na rede, Gabi foi uma das destaques da equipe nacional.
Acionada
pelo lado esquerdo, Gabi superou um bloqueio triplo com uma “largadinha”,
estabeleceu 18 a 13 para o Brasil e obrigou a Polônia a pedir tempo para tentar
se encontrar no confronto.
A
facilidade, no entanto, parou por aí. A Polônia descontou uma diferença de
cinco pontos e empatou o segundo set em 24 pontos. O final ganhou contornos
dramáticos. Com alternâncias dos dois lados para fechar a segunda parcial o set
só terminou com o incrível placar de 38 a 36. O ponto que definiu o mais longo
set dos Jogos Olímpicos de Paris foi conquistado graças a Gabi. No 11º set
point brasileiro, ela explorou o bloqueio e garantiu um 2 a 0 em número de
sets.
Após
susto de quase perder um set que estava sob controle, o Brasil voltou focado a
fechar a partida adotando uma estratégia agressiva, com eficiência no bloqueio,
um bom saque e rapidez no ataque. Administrando a vantagem no marcador, o
Brasil definiu o set e em 25/14 fechando a partida em 3 sets a 0.
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