Vamos esperançar, professora Maeth!
"Eu tinha esperança de trazer uma política decente para Juazeiro.
O jogo da política é perverso, desigual e possui interesses pessoais",
expressa-se uma amiga que ganhei recentemente, a professora Maeth.
Primeiro, do mais profundo das minhas entranhas, eu registro a minha
sororidade à essa mulher que mostrou força, determinação e muita competência
para ser um corpo feminino na política. Maeth me representa!
Eu sinto muito que o machismo tenha feito mais um vítima no ambiente político, onde os 'machos brancos héteros cis' se sentem no direito de assumirem os espaços públicos de poder e decisão comprando partidos, pessoas, votos! Impondo familiares, esposas e até as amantes. Pasmem!
No ambiente político, nós mulheres que lutamos por igualdade social
somos xingadas, afrontadas, violentadas, excluídas, difamadas, caluniadas e
depois nos acusam de vitimismo.
Se é com uma mulher de esquerda, feminista, antirracista,
antilgbtfóbica dizem logo que somos complicadas, difíceis, grossas,
ignorantes...
Mas, se é com uma mulher de pele não negra, cristã e conservadora que
defende a família, qual a desculpa?
Não tem! Não terá nunca!
Depois do racismo enraizado nas nossas estruturas de poder, vem o
machismo tentando nos silenciar. É só lembrar que no Brasil o machismo mata uma
mulher a cada 5 minutos e, na política não é diferente! Eles, os machistas de
plantão que usam também de vozes femininas para nos afrontar, quando podem nos matam física ou
politicamente e está tudo bem para a sociedade que ainda vai (re) elegê-los! É
hipocrisia o nome disso?
Diante desse quadro, o que fazemos? Desistimos? Recuamos? Silenciamos?
Desocupamos os espaços de poder?
Não para todas as perguntas!
Essa é a hora de esperançar! É hora de se reerguer ainda mais potente!
Bater na mesa! Gritar mesmo! "Chutar o pau da barraca" se for
preciso, mas fugir da luta? Jamais, professora Maeth!
Você conquistou o meu respeito, mesmo diante de ideologias tão
antagônicas! A sua sinceridade e confiança para dizer o que defende e acredita
me fizeram perceber que a sua presença e a sua voz são tão necessárias quanto a
minha e eu não estava errada! Veja, temeram a sua força! Temeram a sua coragem
e, a covardia machista que me persegue há décadas fez o mesmo com a sua voz:
Estão tentando silenciá-la porque a temem!
O que usam? O de sempre... São os PROPRIETÁRIOS DA DEMOCRACIA
(Leiam-se: partidos!) E, assim... Negam legenda, fazem acordos vergonhosos,
compram partidos, votos, pessoas, berram, ameaçam...
Mas, já houve um tempo pior quando nos queimavam vivas e nos chamavam
de bruxas! Seria cômico se não fosse tão nojento e criminoso!
Mesmo assim, professora! É hora de ESPERANÇAR! E se nos veem como
ameaças que sejamos! Esse reinado podre patriarcal tem mesmo que se desmantelar
e assim seja feito por mulheres como nós!
Vamos avançar! O mundo é nosso! Sem os nossos úteros, essas pobres almas nem existiriam! E se nos chamarem de bruxas? Daremos gaitadas bem altas dentro de suas consciências e, dessa vez não seremos mais queimadas! Vamos pegar as nossas vassouras e voar sobre as suas cabeças, azucriná-los até levá-los ao fim!
O importante? É a sororidade entre nós mulheres! Assim, resistiremos!
Você vai resistir! Nós vamos resistir! Outras mulheres se levantarão ao som da
sua voz que jamais será silenciada!
"Apesar deles, amanhã será outro dia, professora Maeth!".
Com sororidade,
Célia Regina Carvalho
Pré-candidata
à prefeita de Juazeiro
(Filiada ao Partido AGIR e apta à ser votada)
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