Foto captura de tela
A
Suprema Corte da Venezuela convocou os 10 candidatos à presidência --Maduro,
Edmundo González e mais oito-- a comparecer nesta sexta (2) às 15h (horário de
Brasília), para o início da auditoria da eleição do último domingo
(28).
A
Suprema Corte tem seus integrantes indicados por Maduro e é alinhada ao presidente, que foi
apontado como vencedor da eleição pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com
51,2% dos votos. O órgão eleitoral é dirigido por um aliado de Maduro.
"Admite-se,
assume-se e inicia-se o processo de investigação e verificação para certificar
os resultados do processo eleitoral", expressou Caryslia Rodríguez,
presidente da Suprema Corte.
A
auditoria do resultado da eleição pela Suprema Corte acontece a pedido de
Maduro. Segundo o presidente, a maior instância da Justiça venezuelana é o único
órgão do país que tem o poder de auditar o resultado das eleições para apurar
os resultados obtidos pelo CNE.
O
resultado é contestado pela oposição, liderada por María Corina Machado e por
Edmundo González, e pela comunidade internacional. As acusações são de falta de
transparência da autoridade eleitoral venezuelana e há pedidos para a
publicação dos resultados das urnas.
Com
a decisão da Suprema Corte, Edmundo González, o candidato escolhido pela
coalizão de oposição para desafiar Maduro nas urnas, também deve
comparecer. González e María Corina Machado, líderes da oposição ao
presidente, estão ameaçados de prisão desde que contestaram o resultado
das eleições, que aconteceram no último domingo (28).
Segundo
comunicado da Suprema Corte, todos os candidatos devem apresentar suas
contagens de votos ao tribunal. Maduro diz que seu partido tem todas as atas
eleitorais, que estão no centro da polêmica. A oposição está fazendo uma
contagem paralela das atas e afirma que González foi o vencedor do pleito com 67%
dos votos --contra 30% do presidente.
Em
discurso a apoiadores nesta quinta (1º), Maduro confirmou presença na Suprema
Corte nesta sexta (2) e voltou a afirmar que seu partido vai apresentar as atas
eleitorais. "Eles (oposição) que peçam as atas. Temos todas as atas.
(...) Me submeti à Justiça e peço que a Justiça ache a verdade para que a
paz seja estabelecida no país", disse o presidente.
Maduro
disse na quarta (31) que González e Corina Machado "têm que estar detrás
das grades". Corina Machado escreveu um artigo publicado pelo jornal
americano "The Wall Street Journal" em que diz temer pela sua
vida e que está escondida para não ser presa.
Corina
Machado e González fizeram sua última aparição pública na terça (30), quando
lideraram um protesto contra o Maduro em frente à ONU em Caracas, exigindo a
apresentação das atas eleitorais.
G1 - Mundo
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