(*) Valter Bernat
Queimadas
e incêndios florestais tomam o Brasil há meses, afetando biomas como a
Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. Dezenas de estados têm recebido fumaça e
registrado péssima qualidade do ar — que, somada à seca, também recorde,
favorece a ocorrência de doenças respiratórias. O fogo não cessa, mesmo com a
atuação de milhares de brigadistas dos governos locais e do governo federal.
As
queimadas são quase sempre causadas pelo ser humano, por atos como o garimpo
ilegal, nas diferentes etapas do desmatamento, seja para limpar a terra da
vegetação depois que grandes árvores foram derrubadas ou para enfraquecer a
floresta. Já houve várias prisões de pessoas com gasolina, óleo e outros
inflamantes em áreas ainda não queimadas.
Claro
que existe a combustão espontânea. O fogo pode ter início por diversos fatores
naturais, como baixa umidade, acúmulo de galhos secos, descargas elétricas,
atrito entre rochas e outras condições que podem contribuir para a combustão
espontânea.
Mas,
na maioria das vezes, as queimadas são provocadas pela ação humana, de maneira
criminosa. Os incêndios são muitas vezes iniciados por agricultores em áreas de
pastagens, para renovação de pastos ou por grupos que causam desmatamento para
eliminar vegetação rasteira e retirada de madeira para comercialização.
Não
por acaso, no dia 11 de setembro, deveria ter sido comemorado o Dia Nacional do
Cerrado. Lamentavelmente, não tivemos o que comemorar. O Brasil arde em chamas.
O segundo maior bioma do mundo, vem sofrendo e, em breve, só existirá nos livros,
celulares e computadores, segundo a Ministra do meio ambiente e mudança do
clima do Brasil, Marina Silva.
Demonstrando
não estar satisfeito com o desempenho de Marina, Lula decidiu criar uma “Autoridade
Climática” e de um “Comitê Técnico-científico” para apoiar e
articular as ações do governo federal de combate à mudança do clima. Segundo o
presidente, “… as políticas públicas serão guiadas pelo Plano nacional de
enfrentamento aos riscos climáticos extremos”. Ué, e para que serve, então, o
Ministério de Marina?
Pra
mim, estes novos “órgãos” serão mais cabides de emprego, mas deixa pra depois,
porque o assunto agora é outro. Vamos em frente!
A
agropecuária – nosso maior contribuinte para fechar as contas do governo – é a
responsável pela morte desse espaço mais rico em biodiversidade. Pode parecer
tolice dizer que as gerações futuras terão dificuldades para ver espécies
animais, vegetais e água brotando da terra para formar rios, córregos e
ribeirões, mas tudo isso já está escasso. Parece que os gananciosos que
desmatam, fazem queimadas e poluem o solo e a água, não estão preocupados com
isso.
Para
o combate em grande escala aos incêndios nas matas brasileiras, por que não
podemos requisitar aviões e helicópteros militares? Os aviões de carga da FAB
possuem grande capacidade e poderiam ajudar transportando água para os pontos
de difícil acesso. Não sei se é uma ideia factível. mas poderia ser tentada.
Por que não?
Já
sabemos que não podemos depender do Congresso que, há tempos está de costas
para o Brasil. Eleitos que foram para “melhorar o país”, nada vêm fazendo. Cada
um, à sua maneira, promete que vai melhorar a vida do brasileiro. Grande
mentira que vem sendo contada há décadas. E, por incrível que possa parecer,
tais parasitas se elegem e reelegem para cuidar das suas vidas.
O
resto, que se dane. E justamente esse “resto” é o eleitor que lhes dá de
presente uma vida boa, com todas as mordomias e com as polpudas emendas
parlamentares. Dos compromissos eleitorais, eles se esquecem. Às favas a crise
ambiental. O fogo consome o país, mas isso não incomoda as excelências que
desfrutam do ar-condicionado fechados em seus gabinetes.
Está
emperrado, no Congresso, o projeto da Reforma Tributária e outros que poderiam
ajudar a destravar o crescimento do país, nada disso está no radar do
Congresso. Só o valor das emendas e a próxima eleição. O eleitor precisa
acordar e deixar de ser passivo.
Mas
não se espantem se o Congresso C&A – abreviação conhecida na internet –
para o povo. O Judiciário faz o mesmo, com decisões monocráticas contrárias ao
nosso interesse, mas dentro do que os amigos precisam.
Sem
querer politizar o que já está politizado, lembram que durante o governo
Bolsonaro o aumento de queimadas foi “culpa do presidente”? E agora?
Chega
de blá-blá-blá! O país arde em chamas!
Parece
que a comoção popular, governos e autoridades consideram isso fato menos
importante que as recentes inundações no Sul. Uma mobilização imediata e
extrema torna-se imperiosa antes que tudo vire carvão e que alguns
privilegiados o utilizem nos seus churrascos pré-eleitorais!
(*) Advogado, analista de TI e editor do site O Boletim
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