Com Selic alta da SELIC como ficam os investimentos e a poupança?

 

Fotomontagem TM


(*) Taciano Medrado


Nesta quarta-feira(18), o Banco Central elevou  a taxa básica de juros, de 10,5%  para 10,75% ao ano, conforme o esperado pelo mercado.  


A pergunta é :  como ficam os investimentos a partir de agora?


A alta na taxa Selic, promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), tem impactos significativos sobre o cenário de investimentos no Brasil. A Selic é a taxa básica de juros da economia e influencia diretamente o custo do crédito e o retorno das aplicações financeiras.


Quando o Copom eleva a Selic, o objetivo principal é controlar a inflação. Com juros mais altos, o crédito fica mais caro, o que reduz o consumo e, consequentemente, diminui a pressão sobre os preços. No entanto, essa medida também afeta diretamente os investidores.


Para os investidores em renda fixa, a alta da Selic é, em geral, uma boa notícia. Títulos do Tesouro Direto, CDBs, LCIs, LCAs e outros produtos de renda fixa tendem a oferecer retornos mais atrativos. Esses ativos têm sua rentabilidade atrelada à Selic ou ao CDI, que segue de perto a taxa básica de juros. Isso faz com que investimentos conservadores fiquem mais rentáveis em um cenário de juros elevados.


Por outro lado, a renda variável, como as ações, pode enfrentar maior volatilidade. Empresas que dependem de crédito mais barato para crescer tendem a sofrer com a alta dos juros. Além disso, com a renda fixa oferecendo retornos mais atrativos, muitos investidores migram para ativos de menor risco, reduzindo a demanda por ações.


Outro ponto importante é que a elevação da Selic torna o financiamento de imóveis e projetos mais caro, o que pode afetar negativamente setores como o de construção civil. Por fim, o aumento dos juros pode atrair capital estrangeiro, já que investidores internacionais tendem a buscar países com taxas de juros mais altas, elevando a demanda por reais e ajudando a estabilizar o câmbio.


Como fica a poupança?


Regras da Poupança


Pela regras atuais, quando a taxa Selic é maior que 8,5% ao ano, a poupança tem uma rentabilidade de 0,5% ao mês e de 6,17% ao ano somada à Taxa Referencial (TR).


Quando a taxa Selic for maior que 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 0,5% ao mês, somada à Taxa Referencial (TR); com isso, o retorno hoje é projetado em 7,16% em 12 meses.

Quando a taxa Selic for menor que 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 70% da taxa Selic, somada à Taxa Referencial (TR).


Em resumo, a alta da Selic melhora os retornos de investimentos em renda fixa, mas pode aumentar a volatilidade em ativos de renda variável, além de encarecer o crédito e os financiamentos. A diversificação de carteira e uma análise cuidadosa do perfil de risco tornam-se ainda mais importantes em momentos como esse.


(*) Professor de Engenharia Econômica e  Analise de Investimentos

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