(*) Taciano Medrado
A
APLB Sindicato de Juazeiro publicou uma nota em um blog da cidade com o
seguinte título: “APLB Sindicato repudia de forma veemente atitude da gestão Suzana Ramos
em utilizar ação de uma coligação para suspender o processo de evolução na
carreira dos servidores”. Reveja
Em
um dos trechos da nota a diretoria da APLB diz: “ A direção da APLB Sindicato em Juazeiro vem a público
repudiar de forma veemente a atitude absurda da gestão Suzana Ramos em fazer
uso de uma ação movida por uma coligação em campanha eleitoral para realizar
uma avaliação para promoção de cargos e carreira dos trabalhadores em educação
do município que jamais foi realizada antes. E isso, utilizando superiores
hierárquicos e não a forma automática, como deveria acontecer, pois o prazo já
venceu. Essa é mais uma forma de desqualificar o trabalho desenvolvido pelo
sindicato legal da categoria em Juazeiro que contraria toda a luta da APLB e de
seus associados. ”
Inversão de valores
Com
todo respeito que tenho a entidade APLB e a sua diretoria, mas me parece que
querer imputar culpabilidade, somente, a gestão Suzana Ramos e preservar o autor da ação, é no mínimo injusto, após a prefeitura suspender os pagamentos aos
servidores e realizar uma reavaliação para promoção de cargos e carreira dos trabalhadores em educação do município, o
após um dos seus adversários, Andrei Gonçalves impetrar uma ação junto ao TSE de Nº 0600422-92.2024.6.05.0047, acusando
a prefeita Suzana Ramos da prática de Abuso
do Poder Econômico ou Político e pedindo a sua inelegibilidade.
À
luz da razoabilidade e do bom senso, a APLB deveria ter sido justa e imparcial
citando a verdade dos fatos para os servidores e a sociedade juazeirense, ou seja,
que a decisão da gestão municipal foi tomada por força de uma ação movida pelo
seu adversário político Andrei da coligação "O futuro chegou" e na verdade a quem
a APLB e os servidores públicos municipais deveriam ter repudiado.
Citar na nota, apenas a atual gestão como culpada preservando o verdadeiro autor da ação me parece ter sido injusto e tendencioso, afinal de contas toda Juazeiro sabe de que lado político-partidário é a diretoria da APLB. (basta consultar as filiações partidárias). Penso que Antes de emitir uma nota de forma intempestiva, com esse teor acusatório, a APLB deveria ter se reunido com a Prefeita e a procuradoria geral do município para discutir o assunto de tão relevância e de interessa da categoria que eles (APLB) defende.
Em
nota enviada a imprensa a prefeitura esclarece o fato. Veja abaixo:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
"A
Prefeitura de Juazeiro esclarece que todos os repasses relativos às progressões
e promoções salariais seriam pagos no dia 30 de setembro, preservando todos os
direitos constitucionais dos servidores da educação, contudo, após Ação de
Investigação Judicial, movida estrategicamente por Coligações Municipais que
disputa o cargo a prefeito, a gestão municipal foi impedida de realizar o
acordado.
A
administração pública municipal informa que todos os repasses serão
imediatamente realizados após o período de vedação judicial, e reitera que
permanece comprometida com o funcionalismo público e com a categoria,
acompanhando as próximas orientações da Justiça Eleitoral, mantendo-se à
disposição para quaisquer esclarecimentos".
Por fim, não resta nenhuma dúvida de que a intenção da coligação "O futuro chegou" cujo candidato é Andrei Gonçalves, supostamente, é de se aproveitar politicamente do caso para se levar vantagem eleitoral numa tentativa de anular a participação da atual prefeita na corrida pela sua reeleição e que em nenhum momento pensou no prejuízo que causaria a milhares de servidores que ansiava em receber seus direitos no próximo dia 30 de setembro e que muitos ja contavam com esse "rico dinheirinho" para sanar suas dívidas, o que só acontecerá agora após julgamento do mérito da ação.
No meu entendimento, a coligação "O futuro chegou", deu um tiro ´no próprio pé.
(*) Professor e analista político
Não
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