Brasil, uma pseudodemocracia

 


(*) Taciano Medrado


A perpetuação de um vereador no poder por 50 anos pode levantar preocupações sobre a saúde da democracia, pois a alternância de poder é um dos pilares desse sistema.


Quando há pouca ou nenhuma renovação política, isso pode sugerir uma falta de representatividade, inovação e de competição eleitoral justa e a força do poder econômico.


Em na cidade de Petrolina, dois homens suspeitos de compra de votos por meio de abastecimento de combustível foram presos, na manhã de sábado (5), véspera das eleições municipais de 2024, Segundo a Polícia Federal (PF), os votos seriam comprados em favor de candidatos a vereador e prefeito de Dormentes, também no Sertão do Estado. Os dois foram liberados após pagarem fiança. Os nomes dos políticos não foram informados pela PF. (Folha de Pernambuco).


O desafio está em entender os fatores que levam à reeleição contínua: pode ser carência de opções competitivas, influência de redes de clientelismo ou voto de cabresto, principalmente determinados locais do Nordeste, ou até mesmo falta de uma percepção por parte do eleitorado local.


Discutir democracia, nesse caso, exige analisar não só as eleições, mas o engajamento cidadão, a qualidade das campanhas eleitorais, e as estruturas institucionais que podem facilitar ou dificultar a renovação política.


Nas cidades de Juazeiro, no norte da Bahia e na sua vizinha cidade de Petrolina, no sertão pernambucano, o resultado das eleições registrou que na cidade baiana de Juazeiro dos 21 vereadores que compõe a casa Legislativa, 11 renovaram seus mandatos, ou seja, 52% e entres eles estão vereadores que irão para o 5º e 6º mandatos, ou seja, irão se perpetuar no final de 2028 por 20 e 24 anos e 48% não se reelegeram.


Já em Petrolina, no lado pernambucano, foi pior,  das 23 vagas na câmara vereadores se 15 se reelegeram, ou seja, 65% e apenas 8 perderam a vaga (35%).


Já na cidade de Palhoça na região metropolitana de Florianópolis (SC), o vereador Nirdo Artur Luz (PL), conhecido como “Pitanta”, foi reeleito neste domingo, 6, para o seu 12º mandato em sequência no cargo de vereador, ou seja, 48 anos.  Ele completará 52 anos como vereador no final da próxima legislatura de 2025/28.


(*) Professor e analista político


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