Foto crédito Tacilla Medrado
Em outubro, a bandeira tarifária das contas de energia elétrica será vermelha patamar 2. A determinação foi anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Isso significa que haverá um custo adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora consumido.
Segundo
a Aneel, o aumento na tarifa foi motivado pela previsão de chuvas abaixo da
média nos reservatórios das hidrelétricas, o que provoca o acionamento das
usinas termelétricas, que são mais caras para produzir energia.
Essa é a primeira vez desde agosto de 2021 que a bandeira vermelha patamar 2 é acionada. Desde então, houve uma sequência de bandeiras verdes, quando não há cobrança extra da fatura de energia elétrica. Apenas em julho deste ano os boletos vieram com bandeira amarela (R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos), seguidos por bandeira verde novamente em agosto e bandeira vermelha patamar 1 em setembro (R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos).
Bandeiras
tarifárias
O
professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília
(UnB) Ivan Camargo explica que o esquema de bandeiras tarifárias permite que o
consumidor saiba com antecedência quando a cobrança será mais cara.
“Antigamente,
antes do uso da bandeira tarifária, o consumidor só saberia que a energia
estava cara no ano seguinte, no reajuste da conta de luz. Hoje, temos um sinal
instantâneo. A gente sabe que, nesse mês de setembro, teremos o custo da
energia mais cara. É uma forma de indicar ao consumidor que, nesse período do
ano, período historicamente seco, nós teremos uma energia mais cara devido ao
uso das termoelétricas.”
Segundo
a Aneel, antes do esquema de bandeiras, o repasse dos custos de acionamento das
termelétricas na seca, por exemplo, era feito apenas no reajuste tarifário
anual. Dessa forma, o brasileiro não sabia quando deveria diminuir o consumo.
Mas,
para o professor Ivan Camargo, o uso consciente de energia elétrica deve ser
feito o ano todo, independentemente da bandeira tarifária em vigência.
“Nós
estamos passando por um período dificílimo. O pessoal chama de transição
energética, os problemas climáticos que estamos sofrendo. Todo consumidor
consciente tem que economizar energia porque a produção da energia elétrica, ou
qualquer outra energia, produz efeitos climáticos e ambientais, de forma que o
consumo tem que ser sempre consciente.”
Entre
as principais recomendações para evitar o desperdício da energia elétrica
estão:
evite
tomar banhos longos em chuveiro elétrico;
não
deixe luzes acesas durante o dia ou em ambientes desocupados;
opte
por comprar aparelhos com o selo de eficiência A do Inmetro e lâmpadas de LED,
que são mais eficientes e gastam menos;
acumule
roupas para lavar e passar de uma vez;
priorize
a iluminação e ventilação natural, entre outras.
Fonte: Brasil 61
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