O
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões monocráticas de ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) não é um meio de confronto à Corte. “Ela está
longe de ser qualquer tipo de revanchismo, de retaliação ou de afronta ao
Supremo Tribunal Federal ou ao Poder Judiciário. Eu não me permitiria isso, eu
tenho plena noção da importância do Poder Judiciário, da importância do Supremo
Tribunal Federal, inclusive na consolidação da nossa democracia”, disse a
jornalistas após participar do II Fórum Esfera Internacional em Roma, na
Itália, neste sábado (12).
Pacheco
defendeu que a constitucionalidade de uma lei que passa pelo Congresso e é
sancionada pela presidência da República não pode ser definida por um único
ministro em uma decisão monocrática. Para ele, é necessário a participação de
todo o STF. “A força do Supremo Tribunal Federal está na sua colegialidade e
não na sua individualidade”, pontuou.
Sobre
a proposta de revisões de decisões do STF pelo Congresso, o senador comentou
que considera a possibilidade inconstitucional. “A palavra final sobre a
constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei num país democrático e
de estado de direito é do Supremo Tribunal Federal. Isso nós não discutimos e
não questionamos”, finaliza. Na última quarta-feira (9), a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a proposta que
limita decisões monocráticas de ministros da Suprema Corte. O texto deve agora
ser analisado por uma comissão especial antes de ir a plenário.
CNN Brasil
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