SEM MEIAS VERDADES: Por que professore(a)s candidatos a vereadores foram esquecidos e rejeitados pela categoria quando poderia tê-los como verdadeiros representantes na câmara?

 



(*) Taciano Medrado


Eleições encerradas, prefeito escolhido e vereadores eleitos, chegou agora a hora de umas reflexões importantes.


E uma delas é: Por que professore(a)s candidatos foram esquecidos e rejeitados pela categoria em Juazeiro? 


Sou professor há 35 anos e durante todo esse tempo sempre ouvi falar e constatei “in locu” a frase de que “professor é uma categoria desunida”. Mas o que mais me chama a cenário nesse cenário é que a categoria quando o assunto é mobilização, reivindicação, critica e barulho são ativos e até demais. Mas tudo isso quando são convocados pelos  sindicatos.  


A desvalorização dos professores no Brasil é uma questão complexa que envolve diversos fatores, tanto econômicos quanto sociais. Apesar de sua importância na formação das gerações futuras, os professores frequentemente enfrentam baixos salários, condições precárias de trabalho e falta de infraestrutura adequada nas escolas.


Alguns dos principais problemas que contribuem para a falta de valorização dos professores no Brasil incluem:


Baixa remuneração: Muitos professores, especialmente no ensino básico e fundamental, recebem salários abaixo do que seria esperado para uma profissão tão essencial. Isso dificulta a atração de novos talentos e a retenção dos atuais profissionais.


Condições de trabalho: Escolas com infraestrutura inadequada, falta de materiais didáticos e superlotação das salas de aula são desafios diários enfrentados por muitos professores. Esses fatores afetam diretamente o desempenho e o bem-estar do docente.


Falta de formação contínua: Apesar dos avanços na formação inicial, muitos professores não têm acesso a programas de desenvolvimento profissional e capacitação ao longo de suas carreiras, o que limita sua evolução e o aprimoramento das práticas pedagógicas.


Desvalorização social: A profissão de professor muitas vezes não é vista com o respeito que merece na sociedade. A visão de que "quem sabe faz, quem não sabe ensina" ainda persiste em alguns círculos, reforçando estereótipos negativos sobre a docência.


Violência e falta de segurança: Muitos professores enfrentam violência física e verbal nas escolas, tanto de alunos quanto de pais, além da falta de apoio das autoridades escolares e governamentais para lidar com essas situações.


Com mudar essa realidade?


Primeiro, penso que a categoria precisa buscar ter representatividade nas Câmaras de vereadores, e no Congresso Nacional. Ao invés de ficarem feito “formiguinhas” conduzidas pelo Bel prazer dos tais coordenadores se diretores de sindicatos que pouco fazem, a nação ser militância político-partidária.  


Em Juazeiro 10 professores (5 homens e 5 mulheres) tiveram a coragem de se apresentarem, mas foram TODOS rejeitados, inclusive pela maioria maciça de colegas de profissão, perdendo a oportunidade de colocar dentro da Câmara de Juazeiro no mínimo 5 professores dentre as 21 vagas disponíveis que certamente iriam lutar pelos direitos da categoria com força total e representatividade legítima.


Relação de professore (a)s que foram candidatos a vereador em Juazeiro-Bahia (Fonte: site do TSE)


1 – Professor Taciano Medrado

2 – Prof. Edi Santana

3 – Prof. Pastorzinho

4– Prof. Igor

5 – Prof. Agnaldo (Registro Cassado)

6 – Profª Waléria

7 – Prof. Maria Alexandrina

8 – Prof.ª Rosilda

9 – Prof.ª Iraneide

10 – Prof.ª Lanilde


Durante a história política da câmara de vereadores, busco na minha memória o nome de um professor ou professora que já teve assento em uma das cadeiras da Câmara Municipal, lembro-me do mais recente, o eminente professor Nilson que chegou a ser presidente da casa Aprígio Duarte no biênio 2011/2012.


Por fim, penso que o discurso da categoria de professores tem que sair da papel e ir para a prática e  que os interesses individuais sejam deixados de lado e que o sentimento de unicidade prevaleça,  de forma que possamos num horizonte de esperança esquecer que há muito tempo vivemos sob o estigma da frase: "Professor é uma categoria desunida" e que sirvamos de exemplo no futuro para os jovens que desejem um dia se tornarem educadores.

 

(*) Professor, analista político e ex-candidato a vereador

 

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