Todo dia,
milhões de estudantes são acolhidos nas salas de aula por professores dedicados
ao desenvolvimento das potencialidades inerentes às crianças, adolescentes e
jovens que lhes são confiados. Um número muito maior, porém, está bem mais
interessado na conscientização para a militância política e em proporcionar
sentimentos de inveja e revolta. Enquanto negam a seus alunos o mais valioso e
precioso crédito (à educação de verdade) acenam-lhes com um futuro de poder e
créditos a serem pagos pelos alunos dos bons professores.
Os
professores brasileiros ganham pouco? A grande maioria ganha pouco, sim, mas os
alunos desses professores nada têm a ver com isso e não merecem se converter no
estuário de aflições e, menos ainda, de perniciosas opções ideológicas.
Sei que
são duras estas palavras, mas se tornou um flagelo nacional o volume das
notícias que vêm das salas de aula. Dói na alma saber que em 2022, 70% dos 97
milhões de trabalhadores brasileiros ganhavam até dois salários mínimos. Eram
65 milhões de cidadãos! Dói na alma saber que 58 milhões de brasileiros recebem
algum tipo de pagamento diretamente do Estado (que, não por acaso, paga pouco
para muitos e muito para poucos).
Como é
possível que, diante dessa realidade, tantos não batam no próprio peito? Em vez
disso, enchem as próprias cabeças e as cabeça da juventude com ideias de que
disciplina, hierarquia e autoridade são formas de opressão, assim como
linguagem culta e ciências são formas de colonização.
Tira o
sono de todo cidadão consciente saber que o desejo de uma nação próspera e
amável tropeça na realidade das salas de aula que despejam no mercado de
trabalho jovens cujas competências valham tão pouco ou não encontrem quem lhes
atribua algum valor.
Ao tempo
em que frequentei bancos escolares, sempre em escolas públicas, nos anos 50 e
60 do século passado, as coisas não eram assim. Estudava-se para valer, havia
provas mensais, deveres de casa e, claro, disciplina, linguagem culta, amor à
pátria, hábitos necessários de leitura e uma cultura de que se construía o
futuro com estudo e trabalho.
Sob a capa de uma falsa superioridade moral, oculta-se a mais perversa conspiração enfrentada pelo Brasil desde seus primeiros registros nos livros de História. Enquanto aspiram o conforto nos andares mais altos no pódio do poder, os conspiradores se beneficiam da pobreza e da ignorância que promovem.
(*) Arquiteto,
empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores, colunista de
dezenas de jornais e sites no país. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.
Escreve, semanalmente, artigos para vários jornais do Rio Grande do Sul, entre
eles Zero Hora, além de escrever o seu próprio blog e em outros websites de
expressão nacional, a exemplo do Mídia Sem Máscara, Diário do Poder, Tribuna da
Internet. Sua coluna é reproduzida por mais de uma centena de jornais.
Não deixe
de curtir nossa página Facebook e também Instagram para mais notícias
do TMNews do Vale (Blog do professor TM)
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do TMNews do Vale (Blog do professor TM) Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.
Postar um comentário