Cuidado com o “Golpe da Agência Investigada”


(*) Bruno César


Uma nova modalidade de golpe, conhecida como “Golpe da Agência Investigada,” tem alarmado pessoas em todo o país. Com o uso de técnicas de engenharia social, os golpistas persuadem suas vítimas a transferirem dinheiro para contas fraudulentas, explorando manipulações psicológicas e criando um falso senso de urgência.

Esse golpe é uma ramificação dos conhecidos “golpe da falsa central telefônica” e “golpe do falso sequestro.” A fraude começa com uma ligação dos criminosos, que se passam por representantes do banco da vítima, alegando que a agência bancária ou até o gerente da conta está sob investigação. Para conferir ainda mais credibilidade ao golpe, os golpistas enviam falsos boletins de ocorrência e simulam transferências telefônicas, dizendo que um suposto representante do Banco Central ou da Polícia Federal dará mais detalhes.

Com essa encenação, os criminosos recomendam que a vítima transfira imediatamente seus recursos para contas específicas, alegando que essa seria uma medida temporária de proteção até a conclusão da “investigação”. No entanto, uma vez feita a transferência, o dinheiro cai nas mãos dos golpistas, sem possibilidade de recuperação.

Como se proteger desse golpe?

Lembre-se: bancos e instituições financeiras nunca solicitam que clientes façam transferências para outras contas como forma de proteção, assim como órgãos governamentais não pedem depósitos para proteger o patrimônio. É fundamental estar atento e bem informado sobre esse tipo de fraude. A imprensa tem divulgado amplamente informações para conscientizar a população e evitar novos casos.

Caso tenha caído nesse golpe e realizado uma transferência, registre imediatamente um boletim de ocorrência e informe o banco sobre o ocorrido. As autoridades necessitam dessas informações para intensificar o combate a esse crime.

Na dúvida sobre a autenticidade de uma solicitação, não realize a transferência e entre em contato com os canais oficiais de atendimento de seu banco. A prevenção começa com a desconfiança de pedidos suspeitos e a confirmação das informações junto a fontes confiáveis.

(*) Bruno César Teixeira de Oliveira, com uma carreira sólida na gestão de riscos, compliance e prevenção a fraudes em instituições financeiras. Colunista do site carioca O Boletim.

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