Equipe da Univasf conquista 3º lugar em competição nacional de engenharia um ano depois de ter todos os equipamentos furtados

 

Equipe F-Carranca da Univasf — Foto: Emerson Rocha /g1 Petrolina

Em um ano, a equipe F-Carranca, formada por estudantes do curso de engenharia da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), foi da frustração de ter todos os equipamentos furtados ao pódio da maior competição de Aerodesign do Brasil, realizada na cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo.


Trabalho duro, união e resiliência foram os lemas adotados pelos integrantes da F-Carranca para conseguir dar a volta por cima e conquistar o terceiro lugar na 26ª Competição SAE Brasil AeroDesign, que reúne centenas de estudantes de engenharia de vários cursos espalhados pelo país. A competição foi realizada entre os dias 1 e 3 de novembro.


“A gente teve muita resiliência, porque não foi fácil, foi um baque muito grande que a gente recebeu lá, porque a gente tinha trabalhado um ano inteiro, chegou lá, foi roubado e não conseguiu mais competir".


"Então, foi a base de muita força mesmo, de união da equipe. A equipe se uniu bastante, bastante mesmo, e em nenhum momento ninguém largou a mão de ninguém, fomos juntos até o final e está aqui o resultado desse trabalho”, diz orgulhosa a capitã da equipe, Josefa Larissa.


Caminhão com aviões rádio-controlados para competição de aero design foi furtado em São José, em 2023 — Foto: Arquivo pessoal


Além de ter impedido a continuidade da equipe na competição, o furto do caminhão no ano passado deixou a F-Carranca sem equipamentos para dar sequência no trabalho. Por isso, para voltar a competir, os estudantes tiveram que ir além dos cálculos exigidos para construir os aviões.


“Na competição de 2023, a gente tinha sido roubado e perdemos tudo, material, ferramentas, além das aeronaves que a gente levou. Então, realmente a gente teve que se reconstruir do zero, desde um estilete para construir um avião, até materiais mais caros, como carbono, que a gente utiliza”, lembra Larissa.


O recomeço veio através de uma vaquinha online que contou com ajuda de competidores de outras equipes. “A gente conseguiu adquirir R$ 10 mil só lá na competição, então foi o primeiro passo para a gente conseguir se reerguer no início do ano, 2024, para conseguir comprar as coisas para o nosso primeiro protótipo que a gente faz”, diz a capitã.


Somada as ações realizadas pelos estudantes, como a vaquinha online, venda de copos e outros objetos, a ajuda de patrocinadores e da Universidade foi essencial para a retomada do projeto. Segundo o professor Luiz Mariano, coordenador do projeto, o custo médio para participar da SAE Brasil fica entre R$30 e R$ 40 mil.


“Nós tivemos a colaboração dos nossos patrocinadores e também o apoio da Univasf, que conseguiu repor parte dos equipamentos que foram roubados através de uma compra feita por licitação. Além dos patrocinadores que também, desta vez, aumentaram um pouco a participação financeira da equipe”, destaca o professor.


A F-Carranca foi criada em 2012 e é formada por 26 estudantes da Univasf, de diferentes semestres. No ano passado, mesmo com o furto do caminhão na noite entre o primeiro e segundo dia de disputa, a equipe conseguiu ficar em nono lugar, entre mais de 50 times participantes.


O terceiro lugar conquistado este ano tem o mesmo sentimento de vitória do título de 2019. Mesmo com as dificuldades, a equipe conseguiu levar três mini aviões para a disputa.


“A gente foi lidando ali, o que dava pra fazer a gente fazia, o que não dava a gente corria atrás. E a gente chega lá e conseguiu o terceiro lugar, eu considero como o primeiro lugar. Porque só pela história que a gente teve para superar o que aconteceu, realmente foi um ano indescritível”, diz Luís Bispo, analista de desempenho da F-Carranca.


Luís explica que durante a competição os aviões precisam superar desafios que são enfrentados pela indústria. Para isso, os estudantes aplicam todo conhecimento adquirido nas aulas de engenharia.


“Essa missão, ela busca trazer um pouco dos desafios que o setor aeronáutico enfrenta atualmente. Por exemplo, aeroportos com pistas curtas, aí você tem que decolar, digamos, no fim do aeroporto, pode ter uma montanha, pode ter fios de eletricidade, então a aeronave tem que ser capaz de fazer isso com segurança”.Motivados e com mais um troféu na galeria, a F-Carranca pensa na 27ª edição do SAE Brasil AeroDesign. Vamos descansar essa semana e pensar no novo regulamento em busca do primeiro lugar”, afirma o professor Luiz.


g1- Petrolina e região


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