"Exige respeito quem se dá ao respeito"

(*) Taciano Medrado

A expressão "exige respeito quem se dá ao respeito" significa que para ser respeitado por outras pessoas, é necessário agir de maneira respeitável. Em outras palavras, a forma como alguém se comporta, suas atitudes e como trata os outros são fundamentais para conquistar e merecer o respeito alheio.

Esse ditado destaca a importância da coerência entre o que se exige dos outros e o que se pratica no dia a dia. Quem age com dignidade, ética e respeito tende a ser visto como uma pessoa digna de consideração, enquanto comportamentos desrespeitosos ou contraditórios dificultam que se consiga o mesmo em troca.

Em resumo, o respeito é uma via de mão dupla: é preciso praticá-lo para recebê-lo.

Recentemente, a primeira-dama do Brasil protagonizou um episódio polêmico ao proferir xingamentos contra Elon Musk, o bilionário dono da plataforma X (antigo Twitter). Essa situação levanta questionamentos importantes sobre os limites da expressão pública, o papel das lideranças políticas e o impacto de comportamentos impulsivos no cenário internacional.

Primeiro, é preciso refletir sobre o papel simbólico da primeira-dama. Embora não ocupe um cargo oficial no governo, ela é uma figura pública com influência direta na imagem do país. A postura de um representante de tal visibilidade deve ser de cautela e diplomacia, especialmente ao interagir – ainda que indiretamente – com uma figura de projeção global como Musk. Suas ações e palavras refletem não apenas sua opinião pessoal, mas também a cultura política e o profissionalismo do governo que representa.

Elon Musk, por sua vez, não é apenas um empresário. Ele controla plataformas e tecnologias que moldam a comunicação e a economia global. Ataques pessoais, ainda que justificados por eventuais discordâncias, são contraproducentes. Uma crítica embasada, direcionada a políticas ou práticas específicas, seria mais adequada do que xingamentos, que enfraquecem o argumento e desviam o foco do debate para o aspecto pessoal.

Esse episódio também expõe os desafios das redes sociais como arena de embates públicos. O X, comandado por Musk, é palco de debates polarizados e, muitas vezes, de reações passionais. Entretanto, figuras públicas precisam entender que o ambiente virtual não é uma zona de conforto livre de consequências. Um comentário mal formulado pode desencadear uma crise diplomática ou minar relações estratégicas entre países e empresas.

A sociedade brasileira também é chamada a refletir. Esse episódio é mais um sintoma de um tempo em que lideranças políticas, ao invés de promoverem diálogos construtivos, optam por confrontos que pouco agregam. É essencial que as figuras públicas sejam cobradas por posturas responsáveis, que respeitem os valores democráticos e fortaleçam a reputação do Brasil no cenário internacional.

Por fim, fica a lição de que o exercício da palavra requer responsabilidade, principalmente em posições de destaque. 

Se quisermos avançar como nação, nossos representantes – sejam eles eleitos ou não – devem priorizar o diálogo, o respeito e a busca por soluções reais para os problemas que enfrentamos. 

O Brasil precisa de lideranças que inspirem confiança, e não de episódios que apenas alimentem a indignação passageira das redes sociais.

Lamentavelmente, o Brasil possui uma primeira dama que demonstra, a cada dia,  não estar preparada para oficio da missão não obstante as gafes no português com erros elementares, mesmo sendo uma socióloga parece que se empanturrou de teoria e abandou a práxis e que se  deixa  levar pela militância politico ideológico e  sai atropelando a tudo e a todos. 

Seria oportuno que a primeira dama, Janja reflita 10 vezes antes de pronunciar o que vem na cabeça  e adote uma postura digna de primeira dama, e coloque um filtro entre o cérebro e a boca, pois suas atitudes podem agradar aos Lulopetistas que dão risadas e aplaudem, mas desagrada uma nação inteira.

(*) Professor e analista político

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