(*) Taciano Gustavo Medrado Sobrinho
Essa frase carrega em si uma ideia poderosa, pois nos convida a refletir sobre a relação entre o indivíduo e as estruturas que governam a sociedade. Quando falamos em “sistema”, estamos nos referindo a uma série de forças e instituições que, muitas vezes, parecem agir de forma autônoma, quase como se tivessem uma vontade própria. Governos, corporações, mercados, mídia – tudo isso compõe o que se entende por "sistema". Mas, apesar de sua aparente imbatibilidade, a história nos mostra que o sistema não vence sempre. Ele não é invencível, nem está acima da sociedade.
Primeiro, é importante entender que o sistema só existe porque há pessoas dentro dele. São essas pessoas que, ao longo do tempo, estabelecem normas, leis e práticas que buscam organizar a vida em comunidade. Mas essas mesmas pessoas, ao ganharem poder e influência, nem sempre se tornam responsáveis ou éticas. Em várias situações, o sistema age de maneira contrária aos interesses do cidadão comum. Exemplo disso são as políticas econômicas que privilegiam apenas uma pequena parcela da sociedade, enquanto a maioria é deixada à mercê de problemas como desemprego e baixos salários.
Olhando para a história, vemos movimentos de resistência que provaram que o sistema pode, sim, ser enfrentado e transformado. Grandes mudanças, como o direito ao voto, a independência de países colonizados, ou a luta pelos direitos civis, nasceram justamente do confronto com um sistema que parecia intransponível. Essas lutas mostram que a vontade coletiva é capaz de vencer as barreiras impostas, alcançando avanços importantes e, muitas vezes, duradouros.
Na realidade atual, em tempos de polarização e crescente insatisfação popular, é visível que as pessoas estão cada vez mais conscientes e dispostas a questionar as instituições e os modelos de poder estabelecidos. Redes sociais, por exemplo, oferecem uma plataforma onde todos podem expor sua opinião, denunciar abusos e mobilizar apoio para diversas causas. Isso amplia a possibilidade de engajamento e democratiza o debate. A pluralidade de vozes, a pressão por transparência, a cobrança por mais responsabilidade – tudo isso coloca em xeque o poder absoluto do sistema.
Mas é necessário dizer que lutar contra o sistema exige persistência e coragem. Muitas vezes, ele reage, e com força. Qualquer tentativa de mudança tende a encontrar resistências e, em alguns casos, até retrocessos. Mas o caminho da transformação, embora longo, é possível. E cada ato de coragem, cada iniciativa de resistência é uma fagulha que acende a esperança e dá continuidade ao movimento.
Por fim, devemos lembrar que o poder está, em última instância, nas mãos da população. Mesmo que o sistema pareça, às vezes, insensível e impermeável, ele depende da nossa aceitação para existir. Quando as pessoas se unem e se mobilizam em busca de algo justo, quando recusam a injustiça e exigem igualdade e respeito, tornam-se mais fortes do que qualquer estrutura, e mostram que, afinal, o sistema não pode vencer sempre.
O futuro não pertence a um sistema. O futuro pertence a quem acredita e luta por ele.
(*) Professor e redator- chefe
Não
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