O Campus Guanambi do Instituto Federal Baiano (IF Baiano) recebeu professores moçambicanos para a 3ª Edição da Formação de Formadores Moçambicanos na área agrícola, com objetivo de vivenciar dias de formação e integração tecnológica, adaptada ao contexto de Moçambique, entre os dias 25 de novembro e 05 de dezembro.
Segundo o IF, nesta edição, 75 moçambicanos vieram ao Brasil realizar cursos das áreas agrícola e agropecuária. Dentre estes, 10 professores de Moçambique foram recebidos no Campus Guanambi, onde inciaram as atividades no dia 25 de novembro, na aula inaugural do curso de Formação Continuada (FIC) em Agricultura.
A iniciativa integra a Ação Simplificada para o Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica de Moçambique (BRAMOTEC), conduzida pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), em parceria com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e a Secretaria de Ensino Técnico-Profissional de Moçambique (SEETP).
Segundo Cinira Fernandes, assessora de Relações Internacionais do IF Baiano, essa parceria educacional foi possível graças a disposição e responsabilidade do Campus Guanambi em receber os estudantes do exterior, demonstrando o compromisso com a internacionalização e a promoção de um ambiente acadêmico diverso e inclusivo.
“O apoio do Campus Guanambi foi fundamental para oferecer a estrutura necessária ao programa, tanto em termos de infraestrutura quanto de acolhimento social e acadêmico. Essa integração reflete a dedicação do IF Baiano em atuar como um agente de transformação global, contribuindo para o desenvolvimento humano e técnico de ambos os países, e o campus se consolidando como um espaço de aprendizado intercultural e de troca de saberes”, explicou Cinira.
Para Antônio Jochua Mapanzene, do Instituto Agrário de Inhamússua, no distrito de Homoíne, província de Inhambane em Moçambique – África, o BRAMOTEC é um projeto que ajuda no desenvolvimento tanto de Moçambique quanto do Brasil, ao compartilhar técnicas que garantem resiliência diante das dificuldades enfrentadas pelos dois países.A relação entre os dois povos, de acordo com Antônio, vai além de uma aproximação socioeconômica, ela ajuda a resgatar a história que o Brasil e o continente africano compartilham.
“Tem sido para nós uma plataforma muito importante, não só para o desenvolvimento de relações com o povo brasileiro, mas também para o melhoramento das nossas atividades, com vista a fortificar o desenvolvimento do nosso país e do nosso continente”, explica.
O moçambicano se diz grato pela forma como foi recebido no IF Baiano e pela oportunidade de colaboração para transferência de tecnologias e saberes entre os dois países.
Na etapa presencial, os participantes aprofundaram conhecimentos em temas como mecanização agrícola, sistemas de irrigação, análise de solos, produção de sementes e processamento alimentar, além de metodologias de ensino.As atividades práticas serão desenvolvidas em 14 Institutos Federais espalhados pelo Brasil, sendo eles: Instituto Federal de Brasília (IFB); o Instituto Federal de Goiás (IFG); o Instituto Federal Goiano (IF Goiano); o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS); o Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS); o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG); o Instituto Federal Fluminense (IFF); o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ); o Instituto Federal do Acre (IFAC); o Instituto Federal do Tocantins (IFTO); o Instituto Federal do Amapá (IFAP); o Instituto Federal do Amazonas (IFAM); o Instituto Federal Baiano (IF BAIANO); e o Instituto Federal Farroupilha (IFFar).
Desde 2017, o Conif colabora com Moçambique em ações de cooperação internacional em educação profissional, com foco na capacitação de formadores em diversas áreas. Em 2023, a parceria foi reafirmada com a renovação do Protocolo de Intenções, consolidando o compromisso do Brasil com a integração Sul-Sul e o fortalecimento das relações com o continente africano.
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