(*) Taciano Medrado
Demorei um pouco para emitir minha opinião sobre a equipe de transição nomeada pelo prefeito eleito de Juazeiro, Andrei Gonçalves, que prometeu uma gestão inovadora e eficiente, embalada pelo slogan “O NOVO”. Contudo, a escolha de antigos secretários de gestões passadas para compor a comissão de transição levanta questionamentos sobre a coerência de seu discurso
Nomear figuras que já ocuparam cargos de destaque em administrações anteriores contradiz a mensagem de renovação que permeou sua campanha. Enquanto o eleitorado esperava uma ruptura com práticas tradicionais e a entrada de novas ideias, essa decisão sugere uma continuidade disfarçada, trazendo à tona a prática recorrente de reciclar nomes conhecidos da política local.
A transição administrativa é um momento crucial para preparar o terreno de uma nova gestão, com foco em planejar ações e implementar mudanças. Ao optar por antigos atores políticos, Gonçalves arrisca sinalizar que sua administração pode repetir erros do passado, em vez de buscar soluções inovadoras e corajosas.
Por outro lado, seus defensores argumentam que a experiência desses nomes pode garantir uma transição mais tranquila. No entanto, será que a experiência é suficiente para justificar a contradição com o discurso de renovação? Ou estamos diante de mais um caso em que “o novo” é apenas uma estratégia de marketing político, desprovida de compromisso real com a transformação que os eleitores esperam?
O povo de Juazeiro estará atento aos próximos passos. Promessas são apenas o começo; a verdadeira renovação exige coragem para romper com antigos padrões. Andrei Gonçalves ainda tem a oportunidade de provar que o "novo" que prometeu não é apenas uma retórica vazia, mas uma visão concreta para um futuro diferente.
Para os que se incomodarem com meu editorial e digam que estou prejulgando, saibam que sou um eterno otimista (desde que não contrariado), e ainda acredito na vinda do "Novo", no governo de Andrei Gonçalves, onde novos nomes, da fato, possam ser indicados. Faço uma crítica construtiva e um alerta ao futuro gestor.
Juazeiro é um celeiro de mentes brilhantes e de profissionais competentes aptos a ocuparem cargos de relevância na futura gestão. Repetir nomes é dá a entender que não existem opções e isso não é verdade. A escolha não deve ser somente pelo critério do "toma-la-cá" de forma a compensar os apoiadores políticos, esse tipo de escolha faz parta da velha política tradicional.
Lembre o eminente futuro prefeito de que em uma entrevista a uma rádio o mesmo declarou que iria usar o critério da tecnicidade na escolha dos secretários, que ele cumpra a promessa, pois pelos nomes que aparecem na comissão de transição o cenário que se apresenta, em nada lembra "o Novo" de Andrei Gonçalves .
E que eu não veja nos próximos 4 anos, o futuro repetir o passado.
(*) Professor e analista político
Não
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