Nos últimos dias, o Pix esteve no centro de polêmicas relacionadas ao monitoramento de transações financeiras. Especificamente, as discussões focaram na exigência de instituições financeiras reportarem à Receita Federal as transferências acima de R$ 5.000,00, realizadas por pessoas físicas e R$ 15.000,00 por pessoas jurídicas. A principal preocupação era o impacto futuro dessa medida, levantando temores sobre uma possível nova tributação.
O problema se agravou devido à falta de uma comunicação clara e eficiente por parte do governo, gerando confusões e disseminação de informações falsas. A repercussão negativa foi tamanha que o Governo Federal acabou revogando a exigência, que originalmente visava identificar potenciais casos de sonegação fiscal.
Contudo, o foco aqui não é a controvérsia em si, mas sim a popularidade do Pix como meio de pagamento.
Desde sua introdução, em 2020, o Pix tornou-se indispensável para os brasileiros, graças à sua praticidade e rapidez. Para utilizá-lo, basta acessar a conta bancária, informar a chave do recebedor e o valor da transferência. Em poucos segundos, a operação está concluída.
Os números confirmam esse sucesso: até setembro de 2024, o volume de transações por Pix já havia superado o total de 2023, alcançando 45,7 bilhões de operações, o equivalente a R$ 19,1 trilhões. A expectativa é que, até o final de 2025, o valor total de transações cresça 60%, atingindo cerca de R$ 27,3 trilhões.
Entretanto, à medida que o Pix se populariza, os golpes associados a ele também evoluem. A facilidade e a rapidez nas transferências chamam a atenção de criminosos, tornando essencial conhecer as principais fraudes e saber como se proteger.
A seguir, apresentamos os 7 golpes mais comuns envolvendo o Pix:
1. Phishing (links e mensagens falsas)
Criminosos enviam e-mails, mensagens de texto ou via WhatsApp, disfarçados como comunicação oficial, para roubar dados pessoais. Alertas falsos como “Atualize seu Pix para evitar o bloqueio” contêm links que redirecionam para sites fraudulentos.
Como se proteger:
Não clique em links suspeitos.
Acesse seu banco diretamente pelo site ou aplicativo oficial.
Desconfie de mensagens com erros ortográficos ou remetentes desconhecidos.
2. Golpe do Falso pedido de dinheiro (via WhatsApp)
Golpistas se passam por amigos ou familiares pedindo dinheiro em situações urgentes, como “Meu cartão foi bloqueado, pode me ajudar com um Pix?”
Como se proteger:
Confirme a identidade ligando diretamente para a pessoa.
Observe se a mensagem tem um estilo diferente do habitual com aquela pessoa.
3. QR Code falso
Fraudadores adulteram QR Codes para redirecionar pagamentos às suas contas. Esse golpe é comum em boletos falsos ou em locais públicos.
Como se proteger:
Confira os dados do destinatário antes de concluir a transação.
Prefira digitar a chave manualmente em vez de escanear o QR Code.
4. Golpe da Compra online falsa
Anúncios falsos oferecem produtos com preços atrativos, como “Smartphone com 70% de desconto!” em redes sociais ou marketplaces.
Como se proteger:
Verifique a reputação do vendedor e leia avaliações de outros clientes.
Realize transações somente dentro de plataformas oficiais.
5. WhatsApp clonado
Criminosos clonam contas do WhatsApp e enviam mensagens para contatos solicitando transferências.
Como se proteger:
Ative a verificação em duas etapas no WhatsApp.
Nunca compartilhe códigos de verificação recebidos por SMS.
6. Golpe do falso suporte bancário
Fraudadores ligam fingindo ser do banco, pedindo senhas ou acesso ao aplicativo sob pretextos como “Detectamos uma movimentação suspeita”.
Como se proteger: lembre-se que bancos nunca pedem senhas por telefone. Desligue e contate o banco diretamente pelos canais oficiais.
7. Sorteios e promoções falsas
Mensagens fraudulentas informam que você ganhou prêmios, mas exigem um pagamento prévio para liberação.
Como se proteger:
Desconfie de sorteios nos quais você não participou.
Confirme promoções diretamente no site oficial da empresa.
O Pix é, sem dúvida, uma das maiores inovações financeiras recentes. No entanto, proteger-se contra fraudes é essencial. Desconfie sempre, verifique as informações e, em caso de dúvida, procure orientação junto ao seu banco. Segurança começa com a prevenção.
(*) Bruno César Teixeira de Oliveira, com uma carreira sólida na gestão de riscos, compliance e prevenção a fraudes em instituições financeiras. Colunista do site carioca O Boletim.
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