Em tempos de desafios econômicos, governar com responsabilidade significa priorizar o essencial. A recente decisão do prefeito de Juazeiro de cancelar o tradicional carnaval da cidade é um exemplo claro de liderança focada no bem-estar coletivo. Embora o evento seja uma das maiores manifestações culturais da região e um impulsionador do turismo, a atual crise financeira exige escolhas difíceis, mas necessárias, e ele fez!
A realidade econômica do município de Juazeiro, figurando como a quinta cidade mais endividada do Brasil que decretou estado de calamidade financeira, de acordo com levantamento feito pela equipe do atual prefeito Andrei Gonçalves a divida ultrapassa mais de 300 milhões de reais até o momento.
A prefeitura tem duas folhas pendentes, uma da educação na ordem de 9 milhões de reais e da saúde que se próxima de 15 milhões de reais.
Tais dividas se não mitigadas irão comprometer severos cortes em várias áreas, essenciais como a manutenção de serviços básicos na área saúde, educação e infraestrutura prejudicando a população.
O custo elevado para a realização de um carnaval de grande porte seria um peso adicional aos cofres públicos, podendo impactar áreas prioritárias que afetam diretamente a qualidade de vida da população.
Além disso, a decisão demonstra sensibilidade e respeito ao momento vivido por muitos cidadãos. Com a inflação pressionando os preços e o desemprego ainda sendo um desafio, investir em festividades enquanto famílias enfrentam dificuldades financeiras poderia ser mal recebido pela sociedade.
Por outro lado, o prefeito ressaltou, juntamente com seu secretario de cultura e turismo, o sanfoneiro, cantor e compositor Targino Gondim, a importância da cultura local, em especial o carnaval, e prometeu colocar a casa em ordem para que no ano que vem Juazeiro faça um dos melhores carnavais da sua história e que novos projetos estão sendo prospectados de forma a trazer novas alternativas de apoio aos artistas e trabalhadores do setor, minimizando o impacto econômico gerado pelo cancelamento. A proposta é investir em eventos menores ao longo do ano, que demandem menos recursos e ainda assim movimentem a economia criativa da cidade.
Juazeiro tem uma rica tradição cultural que merece ser celebrada, mas a escolha de adiar o carnaval para tempos mais estáveis é um ato de prudência e responsabilidade. Em situações como esta, a população tende a valorizar gestores que colocam o bem comum acima de interesses imediatos, demonstrando comprometimento com a verdadeira missão pública: governar para o povo e pelo povo.
Se bem conduzida, essa decisão pode se tornar um marco na história da cidade, mostrando que é possível equilibrar cultura e responsabilidade fiscal, mesmo em tempos de crise.
Ao prefeito Andrei Gonçalves os nossos aplausos pela coragem na decisão tomada. Esse é o verdadeiro papel do jornalismo, criticar nos equívocos e quando momento exigir, e elogiar nos acertos.
(*) Professor e Analista político
Não
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