(*) Taciano Gustavo Medrado Sobrinho
Como professor de administração sempre digo aos meu alunos que uma decisão tomada errada é como uma flecha lançada ou uma palavra proferida, ambas geram grandes prejuízos.
Metaforicamente falando uma flecha uma vez lançada, a mesma segue uma trajetória difícil de alterar. Assim como uma decisão, uma vez tomada, pode ser complexa de reverter, gerando impactos duradouros. Por outro lado a flecha atinge um alvo específico, causando um dano imediato. Da mesma forma, uma decisão errônea pode gerar consequências diretas e concretas para a população.
Ademais nem sempre é possível prever com exatidão onde a flecha irá atingir. Analogamente, as consequências de uma decisão podem ser imprevisíveis e gerar efeitos colaterais indesejados.
Já uma palavra proferida, uma vez dita, se espalha rapidamente, podendo alcançar um grande número de pessoas. As decisões, especialmente na era da informação, podem ser rapidamente divulgadas e gerar grande repercussão. Uma palavra mal escolhida pode manchar a reputação de alguém. Da mesma forma, uma decisão equivocada pode prejudicar a imagem de um gestor ou de uma instituição.
Por outro lado, uma palavra dita não pode ser desdita. Assim como uma decisão, uma vez tomada, pode ser difícil de apagar seus rastros.
No contexto da gestão pública, as decisões errôneas podem ter consequências ainda mais graves, pois afetam diretamente a vida de um grande número de pessoas.
As decisões tomadas pelos gestores públicos municipais reverberam diretamente na vida da população. Seus atos, por menores que pareçam, podem gerar impactos significativos no dia a dia dos cidadãos, desde a qualidade dos serviços básicos até o desenvolvimento econômico local. Uma decisão equivocada, portanto, pode ter consequências duradouras e, em muitos casos, irreversíveis.
Vários são os riscos de uma gestão ineficiente, dentre eles podemos destacar:
Perda de recursos públicos: Decisões baseadas em informações imprecisas ou em interesses particulares podem levar ao desperdício de dinheiro público, que poderia ser investido em áreas como saúde, educação e infraestrutura.
Deterioração dos serviços públicos: A falta de planejamento e a má gestão podem resultar na deterioração dos serviços públicos, afetando diretamente a qualidade de vida da população.
Crise de confiança: Decisões equivocadas podem gerar uma crise de confiança entre a população e o poder público, minando a credibilidade das instituições e dificultando a implementação de políticas públicas eficazes.
Impactos ambientais: A falta de planejamento ambiental pode levar à degradação do meio ambiente, afetando a saúde da população e as futuras gerações.
Consequências jurídicas: Em alguns casos, decisões equivocadas podem gerar processos judiciais e responsabilizar os gestores por danos causados ao erário público ou à população.
Ser gestor público municipal é um desafio complexo, que exige uma série de competências, como:
Conhecimento técnico: É fundamental que os gestores possuam conhecimento técnico das áreas que gerenciam, para tomar decisões embasadas em evidências.
Visão estratégica: Os gestores precisam ter uma visão de longo prazo e pensar nos impactos de suas decisões para o futuro do município.
Capacidade de negociação: A capacidade de negociar com diversos atores sociais é fundamental para a construção de consensos e a implementação de políticas públicas eficazes.
Ética e transparência: A ética e a transparência são valores fundamentais para a gestão pública, pois garantem que as decisões sejam tomadas em benefício da coletividade,
Por outro lado para minimizar esses riscos de decisões equivocadas, é fundamental que os gestores públicos promovam a participação popular na tomada de decisões visando garantir que as políticas públicas atendam às necessidades da comunidade. Invistam na sua qualificação e em capacitação para que possam acompanhar as mudanças e desafios da gestão pública.
Utilizem ferramentas de gestão, como indicadores de desempenho e sistemas de informação, pode auxiliar os gestores a tomar decisões mais assertivas e sejam transparentes nas ações do governo visando garantir para garantir a confiança da população e o controle social.
Por fim, as decisões tomadas pelos gestores públicos municipais têm um impacto direto na vida da população. É fundamental que os gestores sejam capacitados, éticos e transparentes, para que possam tomar decisões que beneficiem a todos. A participação da população na gestão pública é essencial para garantir que as políticas públicas sejam eficazes e atendam às necessidades da comunidade.
(*) Professor, Bacharel em Administração, Engenheiro Agrônomo, matemático, psicopedagogo
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