Prefeituras Municipais: Hora de parar de choradeira e arrumar a casa

 



(*) Taciano Medrado


Passada a primeira semana de mandato muitos prefeitos já sentem na pele o pepino que assumiram, e já declararam estado de emergência e calamidade administrativa e financeira.

Muitas prefeituras enfrentam o desafio de organizar a casa nos 100 primeiros dias de governo para, a partir dai, traçar projetos importantes para melhorar a vida da população.

E não adianta ficarem tentando jogar a culpa para os seus antecessores, afinal o eleito assume o bônus e ônus e são sabedores dos pepinos que estão recebendo nas mãos pois e foram esses mesmos pepinos que serviram de plataforma de campanha que levaram a vitória.

Um exemplo é a cidade de Curaçá no norte da Bahia, que nessa terça-feira(7), o prefeito eleito declarou através de decreto municipal situação de emergência face a grave problemas de ordem administrativa e financeira. A medida foi adotada após a nova gestão identificar uma série de irregularidades e problemas estruturais herdados do mandato anterior e um déficit de R$ 2.798.261,78, referentes a salários de servidores efetivos, contratados temporários, cargos comissionados e agentes políticos de diversas secretarias municipais, sem recursos provisionados para quitação.

Ainda segundo o gestor municipal da cidade baiana, entre os fatores que motivaram a declaração de calamidade, destacam-se: suspeitas de irregularidades em contratações públicas, débitos com servidores, dívidas previdenciárias e bancárias e desaparecimento de documentos. Há fortes indícios de favorecimento em processos seletivos e a presença de funcionários fantasmas.

Por que arrumar a casa?

Avaliação positiva: Uma gestão bem avaliada impacta positivamente nas próximas eleições.

Melhoria da vida da população: Projetos concluídos trazem benefícios diretos para a comunidade.

Preparação para o futuro: É preciso ter uma visão de longo prazo e planejar o futuro da cidade.

O que significa arrumar a casa?

Priorizar projetos: Concentrar esforços em projetos que gerem maior impacto.

Otimizar recursos: Utilizar os recursos de forma eficiente e transparente.

Fortalecer parcerias: Trabalhar em conjunto com outras instituições para alcançar resultados melhores.

Melhorar a comunicação: Manter a população informada sobre as ações da prefeitura.

Exemplos de ações para arrumar a casa:

Infraestrutura: Construção e manutenção de ruas, escolas, hospitais e outros equipamentos públicos.

Serviços públicos: Melhoria na coleta de lixo, iluminação pública e transporte coletivo.

Desenvolvimento econômico: Atração de investimentos e geração de empregos.

Assistência social: Ampliação dos programas sociais e atendimento à população em vulnerabilidade.

Meio ambiente: Preservação do meio ambiente e promoção da sustentabilidade.

O desafio dos prefeitos:

Pressão por resultados: A população exige resultados rápidos e eficientes.

Recursos limitados: É preciso otimizar os recursos disponíveis para atender a todas as demandas.

Complexidade dos problemas urbanos: Os problemas das cidades são complexos e exigem soluções inovadoras.

Por fim, "arrumar a casa" não é uma tarefa fácil principalmente para aqueles municípios que forma geridos com ineficiência e ineficácia administrativa e será necessário muito planejamento, dedicação e o apoio da população para que o trem seja colocado novamente nos trilhos, metaforicamente falando .


(*) Professor e analista político

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