Quando o novo é retorno do que já existiu. Quem disse que ser um conservador é uma coisa ruim

 


(*) Pastor Teobaldo

A vida é cíclica. Ultimamente, o termo "conservador" tem sido utilizado de forma pejorativa para rotular àqueles os quais defendem valores tradicionais. A mídia, em sua maioria, associa o conservadorismo à antiguidade, retrógrada e ultrapassada, e bem especialmente quando se trata da defesa dos nossos valores judaico-cristãos na sociedade. Essa tendência tem crescido a tal ponto que hoje muitos líderes religiosos evitam se posicionar publicamente, temendo serem estigmatizados ou cancelados.

Contudo, desde quando ser conservador se tornou algo negativo? A resposta está na crescente influência de setores minoritários, autodenominados "progressistas", que dominam a mídia, a política e a cultura. É que nos últimos anos, o liberalismo conceitual e moral cresceu. Está infiltrado em diversos setores da sociedade, incluindo a educação. Essa ideologia busca impor uma nova visão de mundo, a qual na verdade é um retorno a antigas práticas de outras civilizações, desafiando os nossos valores tradicionais judaico-cristãos e promovendo uma outra forma de liberdade alternativa que celebra o individual em detrimento do interesse e respeito ao coletivo.

Vivemos em uma sociedade com valores judaico-cristãos, regida por leis greco-romanas. E essa dualidade nos gerou um conflito ideológico e conceitual entre o conservadorismo e o liberalismo. O que se chama de "moderno" é, na verdade, um retorno a práticas libertinas da antiguidade, e que levaram ao declínio de diversas civilizações. E todos apologistas dessa nova moral buscam minar os valores familiares, bem como a moralidade cristã tradicional. Moral é o conjunto de regras de conduta que guiam a sociedade. A visão judaico-cristã está sendo desafiada por uma "nova" moral, inspirada em antigos conceitos greco-romanos. Daí essa "nova" abordagem promove a liberdade sexual e a permissividade, sob a justificativa dela ser moderna e progressista, embora anárquica.

Sou conservador no sentido de que defendo os valores cristãos, a moralidade, os bons costumes e a família tradicional. E eu não defendo a violência, mas sim a dignidade, a força e a coragem para defendermos esses valores. Acredito que há segmentos hoje tentando nos levar de volta para velhos conceitos, disfarçados de novos, com o único objetivo de promover a libertinagem plena.

(*) É pastor evangélico há 30 anos e tem forte atuação na área social do Vale do São Francisco, desenvolvendo diversas ações nesse segmento há três décadas, tendo sido parceiro na criação de vários projetos de inclusão em Juazeiro e região. Ele tem formação em Teologia, Psicanálise Clínica, Educação Religiosa e Filosofia. Fez especialização em Radialismo, atuando por vários anos na área. É também professor e escritor. Em 2013, ganhou o título de Dr. Honoris Causa pela Genesis University. Colunista do TMNews do Vale (Blog do professor Taciano Medrado)

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