(*) Taciano Medrado
Chega a nossa redação informações de uma fonte fidedigna, de que o senhor prefeito de Juazeiro, Marcos Andrei Gonçalves, estará se reunindo na próxima terça-feira(25) na sede da ACIAJ-Associação Comercial Industrial e Agrícola de Juazeiro para discutir (Re) Implantação da Zona Azul na cidade.
Caso se confirme a informação, a cidade de Juazeiro poderá estar prestes a dar um grande passo para trás com a possível volta da Zona Azul. A medida, que já foi alvo de muitas críticas no passado, ressurge agora como uma solução disfarçada para problemas urbanos que poderiam ser resolvidos de formas mais eficientes e justas para a população.
A Zona Azul, sistema de estacionamento rotativo pago, não é novidade para os cidadãos juazeirenses. Em sua implementação anterior, o modelo gerou insatisfação entre motoristas, comerciantes e trabalhadores que dependem do centro da cidade para suas atividades diárias.
Os altos valores cobrados, adequada os abusos dos agentes de trânsitos, e dos agentes de fiscalização da empresa operadora dos serviços, e a ausência de alternativas reais de mobilidade urbana foram algumas das razões que levaram ao descontentamento geral. Agora, ao ressuscitar essa ideia, a gestão municipal ignora as lições do passado e insiste em penalizar a população sem oferecer melhorias concretas no transporte público ou em infraestrutura viária.
O argumento de que a Zona Azul contribui para a organização do trânsito e a rotatividade de vagas esconde a verdadeira natureza do problema: a falta de planejamento urbano e investimentos adequados em soluções modernas de mobilidade.
Ao invés de simplesmente cobrar pelo direito de estacionar, a prefeitura deveria priorizar medidas como a ampliação de estacionamentos públicos, o incentivo ao transporte coletivo eficiente e acessível, além de programas que estimulem o uso de meios alternativos de locomoção.
Outro ponto preocupante é a transparência na gestão desses recursos. No passado, a arrecadação da Zona Azul não foi revertida de maneira clara para melhorias na cidade, o que gerou dúvidas sobre o real destino das verbas que foram cobradas dos cidadãos. Sem garantias de que o dinheiro será bem aplicado, a proposta soa mais como uma forma de arrecadação do que uma política pública séria.
O retorno da Zona Azul não pode ser visto como uma simples regulamentação do estacionamento, mas sim como um reflexo da ineficiência do poder público em planejar o crescimento urbano de forma sustentável e inclusiva.
Antes de tomar tal decisão, o prefeito que prega tanto a democracia deveria ouvir a população através de um enquete e buscar alternativas mais justas e eficazes para o trânsito da cidade. Caso contrário, estaremos diante de mais um capítulo de retrocesso na gestão de Juazeiro.
(*) Professor e analista político
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