Hamas divulga nome de seis reféns que libertará no sábado



Reféns israelenses Eliya Cohen, Tal Shoham, Omer Tov, Omer Wenkert, Hisham Al-Sayed (da esquerda para direita e de cima para baixo), que serão soltos pelo Hamas em 21 de fevereiro de 2025. — Foto: Movimento 'Bring Them Home Now' via Reuters

O grupo terrorista Hamas divulgou nesta sexta-feira (21) os nomes dos seis reféns que disse que libertará no sábado (22).

Segundo o Hamas, eles são:

Eliya Cohen;
Omer Shem Tov;
Tal Shoham;
Omer Wenkert;
Hisham Al-Sayed;
Aversa Mengisto.

Hisham al-Sayed e Avera Mengisto são civis que entraram em Gaza há uma década e estão detidos no território palestino desde então. Os outros quatro foram sequestrados pelo Hamas durante os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023.

Como contrapartida, Israel deve libertar 602 prisioneiros palestinos, segundo o Hamas.

Até o momento, 23 dos 33 reféns israelenses que o Hamas teria que devolver para Israel na primeira fase do acordo de cessar-fogo já foram entregues. Desses, 19 foram libertados em vida, e quatro mortos. Segundo estimativas, ainda há 66 reféns sob o poder do Hamas na Faixa de Gaza, dos quais Israel acredita que 30 estejam mortos.

Também nesta sexta, o Hamas admitiu que os restos mortais de Shiri Bibas foram trocados na Faixa de Gaza. A família Bibas teve quatro membros sequestrados pelo grupo nos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023: A mãe, Shiri, o pai, Yarden, os filhos Ariel, de 4 anos, e de Kfir, de 9 meses. A família e se tornou um símbolo do sofrimento dos reféns israelenses em Gaza, e apenas Yarden sobreviveu.

O Hamas alegou que houve um possível erro na identificação do corpo, e que vai investigar. Seus restos mortais teriam sido misturados com outros corpos sob os escombros de um ataque aéreo israelense que atingiu o local onde ela estava sendo mantida. O grupo terrorista atribui a morte dos quatro reféns entregues em caixões pretos na quinta-feira ao bombardeio, mas Israel não confirmou.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram na noite de quinta-feira que o corpo identificado como sendo de Shiri não era o dela após análises de DNA em um centro forense de Tel Aviv. O anúncio ocorreu horas após a devolução dos corpos, que incluiu os restos mortais de Ariel e Kfir, filhos de Shiri.

A Cruz Vermelha afirmou nesta sexta-feira à agência de notícias Reuters estar "preocupada e insatisfeita" com a forma como as operações de liberação de reféns pelo Hamas têm ocorrido. A ONU também condenou a forma como o Hamas entregou os corpos dos reféns, que chamou de "abominável" e "desumano".

A entrega dos corpos na quinta-feira colocou novamente a trégua em risco. Recentemente, o acordo ficou "por um fio" de ser rompido após ambos os lados se acusaram de violações e o Hamas ter ameaçado suspender a entrega de novos reféns.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de ter cometido uma "violação cruel" da trégua em Gaza pela troca dos corpos, e disse que Israel atuará "com determinação" para trazer Shiri Bibas de volta ao país. Ainda na quinta-feira, Israel pediu a devolução do corpo dela imediatamente e considerou o caso uma "violação de extrema gravidade".

G1 - mundo

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