Um morador de Guarujá, no litoral de São Paulo, alega que policiais militares invadiram a casa dele por engano durante o cumprimento de uma ordem judicial. Segundo Manoel Lourenço de Barros, de 69 anos, os agentes confundiram o endereço e arrombaram o imóvel.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que "os fatos apresentados pela reportagem são analisados pelas polícias Civil e Militar, e as medidas cabíveis serão tomadas".
De acordo com Manoel Lourenço de Barros, a casa foi invadida por policiais do 2° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) por volta das 6h20 de sexta-feira (7), no bairro Vila Edna. Na ocasião, segundo ele, os policiais arrombaram o portão e a porta da residência.
Ao g1, Manoel contou que dormia junto com a mulher no momento em que os PMs entraram. “Nem esperava um negócio desses. Eu não devo para ninguém. Acordei com umas três armas na minha cara, todo assustado. Perdi até a fala", lembrou.
Segundo o morador, a confusão ocorreu na identificação do endereço, que possui o código “A” após o número identificador. Já o endereço da residência onde o mandado seria cumprido, ainda de acordo com Manoel, conta apenas com o numeral.
"E não é a primeira vez que eles vieram com esse negócio [processo] aqui não, já vieram umas quatro ou cinco vezes. Agora dessa vez vieram para 'torar' mesmo, quebrar tudo", pontuou.
Após a confusão, ainda de acordo com Manoel, os PMs deixaram o local sem qualquer tipo de auxílio ou orientação. "Só demoliram tudo aqui e sumiram", afirmou o morador. Ele disse que tentou registrar o caso junto à Polícia Civil, mas não teve êxito.
"Fui na delegacia do Guarujá, falaram que era lá no Guaiuba. Fui lá no Guaiuba, falaram que era em Santos. Fui lá em Santos, nada resolvido. Não deixaram nem eu entrar na delegacia. Agora eu tô aqui com o portão todo aberto, quebrado", afirmou.
O que diz a SSP-SP
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que "os fatos apresentados pela reportagem serão analisados pelas polícias Civil e Militar, e as medidas cabíveis serão tomadas.
Quanto ao registro da ocorrência, a pasta ressaltou que o relato da vítima não condiz com as práticas da Polícia Civil e os agentes serão reorientados.
O g1 também questionou a pasta sobre o cumprimento do mandado, mas não teve retorno.
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