(*) Taciano Medrado
Caríssimo(a)s leitore(a)s,
Li incrédulo nos principais jornais do pais na manha dessa terça-feira(25) uma notícia um tanto quanto aviltante e absurda, a de que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), quer construir um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) para alterar o número de deputados federais de 513 para 527.
Segundo informações, a famigerada proposta para essa finalidade poderia ser colocada em pauta depois do Carnaval. Se essa insanidade ocorrer, a mudança no número de deputados será a primeira desde 1993.
Em um país que enfrenta desafios econômicos, sociais e estruturais, seria esse o caminho adequado para melhorar a representatividade e a eficiência do Congresso Nacional?
Atualmente, a Câmara dos Deputados conta com 513 parlamentares, um dos maiores parlamentos do mundo em número absoluto de cadeiras.
O argumento a favor da expansão gira em torno da necessidade de uma melhor distribuição da representação, principalmente devido ao crescimento populacional e à desigualdade entre estados. No entanto, esse aumento traria um impacto financeiro significativo, elevando ainda mais os custos do Legislativo em um país já sobrecarregado por despesas públicas.
A população brasileira, de forma geral, tem demonstrado insatisfação com a classe política. Críticas frequentes apontam para a ineficiência do Congresso, escândalos de corrupção e a falta de compromisso com pautas que realmente beneficiem a sociedade. Nesse contexto, aumentar o número de deputados sem garantir melhorias efetivas na qualidade do trabalho legislativo pode ser visto como uma medida contraproducente.
Ao invés de ampliar a quantidade de parlamentares, uma solução mais sensata seria discutir formas de aumentar a transparência, reduzir custos e melhorar a eficiência do Congresso. Isso poderia incluir a revisão de privilégios, a adoção de mecanismos mais rígidos de avaliação do desempenho parlamentar e a maior participação popular na formulação de políticas públicas.
Diante desse cenário, cabe aos cidadãos questionarem a real motivação por trás dessa proposta. O Brasil precisa de uma política mais eficiente, e não apenas de mais políticos.
E por fim deixo essa provocação:
O aumento do número de deputados será a solução para os problemas estruturais do país ou apenas mais um peso para os cofres públicos e para a paciência da população?
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