Foto crédito Tacilla Medrado
(*) Taciano Medrado
Olá carissimo(a)s leitore(a)s
Aprendi no meu curso de técnico em analista em analises químicas no final dos anos 70, no saudoso e hoje extinto colégio Dr. Edson Ribeiro na cidade de Juazeiro no norte da Bahia, de que a dose é quem determina o poder letal do veneno. Quanto maior a dose, maior será a letalidade da substancia. Na política também é assim, contextualmente falando
A política, idealmente, deveria ser a arte de servir ao povo, de buscar o bem comum e de construir uma sociedade mais justa e equilibrada. No entanto, ao longo da história, vemos essa nobre missão ser corrompida por indivíduos que transformam a política em um instrumento de exploração e enriquecimento próprio. Da mesma forma que a toxicidade de um veneno depende da dose, o impacto nocivo dos maus políticos está diretamente relacionado à quantidade de poder que o eleitor lhes concede.
O eleitor é o ponto de partida e o elemento-chave nesse processo. O voto, quando bem utilizado, pode ser um antídoto contra a corrupção e a má gestão. No entanto, quando aplicado de forma irresponsável, cega ou manipulada, torna-se a dosagem exata que alimenta a praga dos parasitas políticos. Esses agentes nocivos da democracia se agarram ao poder, sugam os recursos públicos e perpetuam um ciclo de promessas vazias, assistencialismo eleitoreiro e desrespeito à população.
Os parasitas da política não sobrevivem sozinhos. Eles dependem da ignorância política, da desinformação e da apatia da sociedade. Quanto mais alienado o eleitor estiver, maior será a infestação desses oportunistas. Eles se camuflam com discursos populistas, distribuem migalhas para garantir votos e utilizam mecanismos de manipulação midiática para permanecer no controle. Como parasitas biológicos, adaptam-se ao ambiente, criando redes de influência, favorecimentos e perpetuando práticas clientelistas que enfraquecem a democracia.
O mais preocupante é que, muitas vezes, o próprio eleitor se acomoda nesse ciclo vicioso. A política se transforma em um teatro de aparências, onde se vota não pelo melhor, mas pelo menos pior. O eleitor, intoxicado pela repetição de escândalos, começa a acreditar que todos são iguais, que nada muda e que o jogo já está perdido. Esse fatalismo coletivo é o que permite que os parasitas continuem se multiplicando.
No entanto, assim como há doses que curam, há escolhas que transformam. O eleitor precisa compreender que seu voto é a ferramenta mais poderosa para romper com esse parasitismo político. Educação política, acesso à informação de qualidade e participação ativa na vida pública são os antídotos contra a contaminação institucional. É preciso questionar, cobrar, fiscalizar e rejeitar aqueles que fazem da política uma via de mão única para seus próprios interesses.
A responsabilidade recai sobre cada um de nós. Se continuarmos fornecendo a dose exata para que esses parasitas prosperem, seremos eternamente reféns de um sistema doente. Mas se soubermos dosar o voto com consciência e critério, podemos purificar a política e restaurar seu verdadeiro propósito: servir ao povo e construir um futuro melhor. O veneno está na dose; a cura, na escolha certa.
(*) Professor e analista político
Não deixe
de curtir nossa página Facebook e também Instagram para
acompanhar mais notícias do TMNews do Vale (Blog do professor TM)
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do TMNews do Vale (Blog do professor TM) Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.
Postar um comentário