A Ilusão da vitória e a arte de conviver com o contraditório



(*) Teobaldo Pedro

A busca pela vitória é um anseio universal, mas é ilusório acreditar que sempre seremos vencedores. O fracasso, embora temido, é um mestre severo e inevitável. John C. Maxwell, um dos mais respeitados especialistas em liderança, afirma que “às vezes você vence, às vezes você aprende”, ressaltando que os melhores líderes não veem a derrota como um fim, mas como uma oportunidade para crescer. CEOs de sucesso, como Jeff Bezos e Satya Nadella, compreendem que a inovação nasce da experimentação e do erro. Para eles, falhar não significa incompetência, mas sim um processo natural de aprendizado. Augusto Cury também destaca que “os fracos julgam e desistem, os fortes compreendem e perseveram”, indicando que a verdadeira força está em transformar derrotas em degraus para o progresso. Quando nos vemos diante da possibilidade de insucesso, experimentamos o peso da responsabilidade e a urgência de repensar estratégias. Nessas horas, o pensamento se expande e a necessidade de adaptação se impõe. CEOs visionários, como Elon Musk e Indra Nooyi, entendem que a resiliência e a mentalidade de crescimento são indispensáveis para manter-se relevante em um mundo em constante transformação. A perda, mais do que um revés, é um forte chamado à evolução de ideias, visões e aplicações em nossas lutas cotidianas.

Desde tempos imemoriais, a humanidade aprendeu que a sobrevivência não é um feito solitário. O instinto de proteção levou os indivíduos a se agruparem, formando sociedades nas quais a cooperação e a troca de ideias se tornaram fundamentais. No entanto, viver em sociedade significa enfrentar o contraditório. Divergências de pensamento são inevitáveis e, muitas vezes, desconfortáveis. Contudo, é justamente desse choque de perspectivas que nasce o progresso humano. Dale Carnegie, um dos grandes estudiosos das relações interpessoais, enfatiza que "o sucesso na vida depende da capacidade de lidar com as pessoas". Grandes líderes não apenas reconhecem esse fato, mas o utilizam a seu favor, transformando conflitos em oportunidades de crescimento. CEOs eficazes entendem que, para alcançar grandes resultados, precisam cercar-se de pessoas com perspectivas diversas e aprender com elas. Eliana Sicsu, psicanalista e estudiosa das relações humanas, reforça essa ideia ao afirmar que "quanto mais aprendemos a escutar o outro sem nos sentirmos ameaçados, mais nos tornamos donos de nós mesmos". Esse domínio emocional é uma habilidade essencial para qualquer líder que deseja prosperar em um ambiente altamente competitivo.

A verdadeira maturidade não está em impor a própria visão a qualquer custo, mas em reconhecer o valor do diálogo e da escuta ativa. Aqueles que rejeitam o contraditório limitam seu próprio crescimento, enclausurando-se em uma bolha de certezas inquestionáveis. Stephen R. Covey, autor do best-seller Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, enfatiza que "buscar primeiro entender, para depois ser entendido" é um dos pilares da liderança eficaz. CEOs bem-sucedidos sabem que escutar de verdade, e não apenas esperar sua vez de falar,  cria conexões poderosas e favorece decisões mais assertivas. A grandeza não está apenas em vencer debates ou provar um ponto de vista, mas em entender que a verdade pode ser vista sob diferentes perspectivas e que cada nova visão agrega conhecimento.

A vitória, quando desprovida de reflexão, torna-se vazia, pois ganhar sem questionar não garante evolução, apenas a ilusão do sucesso. Quando o triunfo é conquistado sem um exame crítico das circunstâncias que o possibilitaram, corre-se o risco de estagnação e arrogância. Jim Collins, autor de Empresas Feitas para Vencer, alerta que o maior erro de muitas organizações é acreditar que o sucesso passado garante o sucesso futuro. Essa mentalidade leva à complacência e, inevitavelmente, à queda. A sensação de vitória pode mascarar fragilidades e impedir o aperfeiçoamento contínuo. A autoconfiança excessiva pode levar a erros estratégicos, minando a capacidade de aprendizado e adaptação. Somente aqueles que enxergam a vitória como uma etapa, e não como um fim absoluto, conseguem extrair dela um significado mais profundo.

O verdadeiro crescimento surge no confronto de ideias, onde o contraditório amplia horizontes e fortalece a sabedoria. O diálogo entre diferentes pontos de vista permite que concepções engessadas sejam questionadas, abrindo espaço para novas compreensões. CEOs que lideram empresas inovadoras incentivam seus times a debater, desafiar pressupostos e apresentar novas soluções. A escuta atenta e a disposição para reconsiderar opiniões não são sinais de fraqueza, mas de inteligência e maturidade. O mundo é um mosaico de visões, e cada uma delas carrega uma parcela de verdade. Aquele que se fecha ao contraditório priva-se da oportunidade de ampliar sua visão de mundo e de aprimorar suas próprias convicções.

Mais do que vencer, é preciso desenvolver resiliência, aprendendo com as derrotas e lidando com opiniões opostas, pois essa é a maior conquista. A capacidade de absorver críticas, reformular pensamentos e persistir diante dos desafios é o que diferencia os verdadeiros vencedores daqueles que apenas colecionam triunfos superficiais. O progresso não está na imposição de uma única verdade, mas na disposição para coexistir com a complexidade do mundo. No fim, não é a vitória absoluta que define o sucesso, mas a habilidade de crescer a cada embate e de transformar o confronto em aprendizado. CEOs de destaque entendem que o verdadeiro poder não está em suprimir divergências, mas em construir um ambiente onde a troca de ideias impulsiona a inovação e o crescimento sustentável. Como disse Maxwell, “um líder é alguém que conhece o caminho, anda pelo caminho e mostra o caminho”. A verdadeira conquista, portanto, não está apenas na vitória momentânea, mas na construção de um legado de aprendizado e evolução.


(*) Pastor Evangélico


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