Aliados de Lula discutem deixar o governo diante da queda de popularidade



©Foto: Agência Brasil

A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem caído de forma significativa, conforme indicado por cinco pesquisas nacionais desde janeiro. Com isso, partidos aliados começaram a avaliar a possibilidade de se distanciar do governo. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já classificou o governo de Lula como uma “canoa furada”. O PP, partido do presidente do Senado, Ciro Nogueira (PI), já confirmou discussões internas sobre a saída do governo, o que incluiria a entrega do cargo do ministro do Esporte.

Partidos como PSD, Republicanos e União Brasil também estão considerando devolver seus ministérios e se afastar, devido à queda de popularidade de Lula e com a perspectiva de 2026 em mente. Mesmo quando não se planeja uma candidatura própria, como é o caso de Ratinho Jr. pelo PSD, é improvável que esses partidos continuem a apoiar Lula.O atual ministro do Esporte, André Fufuca, indicado pelo PP, é tratado com desinteresse, já que Lula não o recebe há mais de um ano.

A última tentativa de aliados de reverter a situação era confiar em um bom novo ministro de Relações Institucionais, mas o anúncio de Gleisi Hoffmann para o cargo foi visto como um erro, com sua postura sendo considerada “intratável”.

O governo Lula também tem enfrentado críticas devido aos gastos excessivos. Entre 7 e 21 de fevereiro, foram gastos quase R$38 milhões em viagens, elevando os custos totais para R$64,7 milhões em menos de dois meses. Grande parte desses gastos foi com diárias de funcionários e passagens aéreas, inclusive para a primeira-dama, Janja.

Os dados do Portal da Transparência mostram que as viagens realizadas até agora em 2025 já custaram R$31,3 milhões. O ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, foi o maior gastador com passagens e diárias, somando R$50,7 mil.

Além disso, o Índice de Democracia da revista britânica The Economist aponta uma queda do Brasil no ranking, com o país caindo dez posições entre 2022 e 2024, ficando em 57º lugar entre 167 países.

No Congresso, novas frentes parlamentares têm sido criadas, como as de Nações do Sudoeste Asiático, Jogo Responsável e Defesa da Enfermagem, que, segundo analistas, rendem votos ou viagens internacionais.

Os gastos do governo com cartões corporativos também são uma preocupação, já que em 2025 foram registrados R$8,3 milhões em despesas, conforme o Portal da Transparência.

Por fim, na esfera política, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-RS) apresentou um projeto para revogar a lei que impede a reintegração de posse em casos de invasões indígenas, argumentando que isso tem sido usado como subterfúgio para ilegalidades.

Enquanto isso, o ministro do STF Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, e o ex-ministro da Justiça Flávio Dino, atualmente no STF, se declararam aptos a julgar os processos contra Jair Bolsonaro e outros denunciados.

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) criticou a postura do ministro André Mendonça, questionando suas atitudes em relação às recentes decisões do Supremo.

O deputado Sanderson (PL-RS) também comentou sobre a nomeação de Gleisi Hoffmann para as Relações Institucionais, comparando-a com a experiência fracassada de 2006 com Tarso Genro e alertando para os riscos de Lula repetir o mesmo erro.

Texto: 111Next

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