Bolsa família: Mais um engodo do governo Lula 3



(*) Taciano Medrado

Para os milhões de brasileiros que caíram, mais uma vez nas promessas do petista Lula, uma ótima notícia.  

O Governo Lula 3, que fez campanha eleitoral  usando o argumento de que iria acabar com a forme e cuidar da população mais carente acaba de dá um tapa na cara de que acreditou nele.

Nessa quarta-feira(12) Lula enviou ao Congresso um ofício que prevê um corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família no Orçamento de 2025.

O documento, ainda não protocolado oficialmente, foi endereçado ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), e ao presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI).

Tal decisão gera questionamentos importantes sobre as prioridades e a condução das políticas públicas voltadas à proteção social no Brasil. Trata-se de uma medida que impacta diretamente milhões de famílias em situação de vulnerabilidade, especialmente num momento em que a inflação ainda corrói o poder de compra e o desemprego segue como um desafio estrutural.

O Bolsa Família e o Auxílio Gás não são apenas programas de transferência de renda; são instrumentos que ajudam a garantir segurança alimentar, dignidade e inclusão social para quem vive na base da pirâmide. A redução nos investimentos nesses programas soa contraditória em um governo que se elegeu com a promessa de combater a fome e de resgatar a dignidade dos mais pobres, marcas tradicionais das gestões anteriores de Lula.

O argumento apresentado pelo governo é de que o corte seria fruto de uma "revisão de gastos" após a identificação de beneficiários irregulares ou de ajustes no cadastro do programa. No entanto, a decisão levanta dúvidas: até que ponto essa redução é resultado de uma melhoria na eficiência do gasto público ou uma tentativa de ajustar as contas às pressas, em meio ao aumento da pressão fiscal?

Além disso, o corte em políticas sociais essenciais pode gerar efeitos colaterais graves. Diminuição na renda dessas famílias tende a aumentar os índices de pobreza e de desigualdade, além de sobrecarregar outros serviços públicos, como saúde e segurança. A própria economia local das cidades menores, que dependem desse fluxo de recursos, pode sofrer retração. Vale lembrar que cada real investido no Bolsa Família circula imediatamente no comércio e nos serviços locais.

É fundamental cobrar transparência sobre os critérios utilizados para a revisão e queda no orçamento. Se há combate a fraudes, isso é bem-vindo; mas se o ajuste se traduz em menos proteção para quem realmente precisa, o governo corre o risco de enfraquecer uma das políticas públicas mais elogiadas internacionalmente.

No fim das contas, o corte de R$ 8 bilhões levanta um sinal de alerta. O que deve vir primeiro: o ajuste fiscal ou o combate à fome e à pobreza? No caso de um governo que carrega a bandeira da justiça social, espera-se que as respostas priorizem as pessoas mais vulneráveis.

(*) Professor e analista político


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