(*) Bruno César
O Carnaval acabou e, como dizem por aí, o ano finalmente começou no Brasil. Mas além das tradicionais alegorias, bloquinhos e festas espalhadas pelo país, um outro fator chamou atenção neste ano: o uso da tecnologia no combate ao crime.
Estados de diversas regiões adotaram uma série de equipamentos tecnológicos para reforçar a segurança durante as celebrações, incluindo drones, câmeras com reconhecimento facial e sistemas de videomonitoramento em tempo real. O objetivo foi claro: reduzir ocorrências de roubo e furto, além de capturar foragidos da Justiça em meio à multidão.
Essa nova abordagem deixa evidente que governos comprometidos com a segurança pública e o bem-estar da população estão cada vez mais dispostos a investir em tecnologia para proteger cidadãos e eventos, mesmo diante das pressões de setores que ainda insistem em relativizar a impunidade.
Em São Paulo, a Prefeitura adotou uma solução batizada de Smart Sampa, um sistema de câmeras de segurança equipadas com tecnologia de reconhecimento facial. Essas câmeras conseguem identificar indivíduos a partir da imagem de seus rostos, mesmo em ambientes de alta movimentação como os blocos de rua.
Os resultados foram imediatos: diversos criminosos foragidos foram identificados e presos, transformando a iniciativa em um verdadeiro golaço da gestão municipal.
No entanto, a inovação também esbarrou em resistência. A Defensoria Pública de São Paulo chegou a pedir que o uso da tecnologia fosse suspenso, sob o argumento de que ela poderia inibir a participação popular no evento. Na prática, a sugestão soou como um “passe livre” para criminosos aproveitarem o Carnaval sem preocupações. Diante da repercussão negativa, a Defensoria acabou recuando da solicitação.
Além das câmeras inteligentes, a Polícia Militar de São Paulo ampliou o uso de drones para monitorar e acompanhar eventos em tempo real. Com essa estratégia, foi possível otimizar a resposta a ocorrências de roubo e furto, aumentando a eficiência na captura de criminosos e na prevenção de delitos.
Essa combinação de investimento tecnológico e criatividade no patrulhamento trouxe resultados expressivos: segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, houve uma redução de 36% nos índices de roubo durante o Carnaval.
O sucesso das operações reforça uma tendência irreversível: o uso de tecnologia avançada no combate ao crime, especialmente contra o crime organizado. Ferramentas de inteligência artificial, videomonitoramento inteligente e drones se consolidam como aliados fundamentais tanto em ações preventivas quanto em operações repressivas.
Seja no Carnaval ou no cotidiano das grandes cidades, a tecnologia se mostra uma poderosa aliada para tornar o Brasil um lugar mais seguro. A população, cansada de ser refém da criminalidade, espera que essa transformação digital da segurança pública continue a avançar, trazendo cada vez mais resultados positivos.
(*) Bruno César Teixeira de Oliveira, com uma carreira sólida na gestão de riscos, compliance e prevenção a fraudes em instituições financeiras. Colunista do site carioca O Boletim.
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