Com popularidade baixa, governo Lula 3 apela para a política do assistencialismo




(*) Taciano Medrado

Na tentativa de barrar a drástica rejeição  e  em meio a uma crise de popularidade histórica em relação à gestão federa Lula (PT) recorre  a tática da  velha politica populista  e anunciou há algumas semanas um novo estímulo econômico que equivale ao investimento de R$ 30,7 bilhões na economia brasileira até 2026. 

De acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira (28) pelo site Poder 360, as medidas incluem a injeção de dinheiro em programas sociais e liberação de recursos voltados à população.

Política do assistencialismo 

Dentre os programas sociais liberados está o pagamento de R$ 1 mil aos estudantes do Pé-de-Meia, que começou na última terça-feira (25).

Se não bastasse o governo Lula 3 garantiu a gratuidade de 41 medicamentos pelo Farmácia Popular. Outra ação divulgada é uma medida provisória para permitir o saque do FGTS aos trabalhadores demitidos que preferiram a modalidade saque aniversário.

O governo Lula também pretende levar ao Congresso o projeto do auxílio-gás para fornecer gás gratuito a 22 milhões de famílias. O petista informou que seu novo programa social “quase pronto” para ser oferecido.

Crise sem precedente na história 

O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um cenário de popularidade em queda, o que tem levado o governo a intensificar medidas assistencialistas como forma de conter o desgaste político e tentar reconquistar apoio popular. Embora o discurso oficial enfatize o combate à desigualdade social, a estratégia de ampliar programas de transferência de renda sem garantir contrapartidas estruturais pode ser interpretada como um mecanismo paliativo e eleitoreiro.

Desde o início de seu terceiro mandato, Lula tem apostado fortemente no Bolsa Família e em programas de distribuição de benefícios diretos à população. No entanto, ao invés de focar na criação de empregos, na melhoria da infraestrutura e no fortalecimento da economia produtiva, o governo parece priorizar o aumento do assistencialismo como forma de manter sua base de apoio. Tal postura não apenas ignora a necessidade de reformas estruturais, mas também pode comprometer o crescimento econômico de longo prazo.

O problema do assistencialismo exacerbado é que ele pode criar um ciclo de dependência governamental, em que a população mais vulnerável se vê cada vez mais atrelada ao Estado para suprir suas necessidades básicas. Além disso, ao insistir nessa política sem um planejamento sólido de desenvolvimento, o governo corre o risco de ampliar o déficit público e gerar um impacto negativo nas contas do país, agravando a instabilidade fiscal.

Outro fator que evidencia essa estratégia é a ênfase de Lula na retórica populista, frequentemente atacando setores da sociedade que criticam suas políticas. Em vez de buscar diálogo e soluções que promovam crescimento sustentável, o governo adota um tom divisionista, polarizando ainda mais o debate político e reforçando uma visão maniqueísta da realidade brasileira.

Diante desse cenário, fica evidente que o governo Lula 3 enfrenta dificuldades em apresentar um projeto econômico sólido e sustentável. Se continuar priorizando medidas de impacto imediato para conter a baixa popularidade, sem estruturar políticas de longo prazo, o Brasil corre o risco de aprofundar seus problemas econômicos e sociais, comprometendo não apenas o presente, mas também o futuro do país.

(*) Professor e analista político

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