Empresas vêm buscando alternativas diante da escassez de profissionais; Grupo Mazurky, por exemplo, vem investindo em treinamentos internos, nos quais os colaboradores mais experientes atuam como multiplicadores
Com o mercado de trabalho aquecido e o desemprego em mínimas históricas, encontrar mão de obra qualificada tem se tornado um desafio. Seis em cada dez empresas no Brasil já relatam dificuldades para contratar ou reter trabalhadores — e, entre elas, 77,2% indicam a contratação como o principal entrave, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre)*, divulgada em novembro.
O levantamento revela que a obtenção de mão de obra qualificada é a principal dificuldade para 64,9% dos setores econômicos. Em segundo lugar, está a procura por trabalhadores não qualificados (18,5%). Outro obstáculo apontado é a necessidade de oferecer salários mais altos (9,4%). A pesquisa, realizada em outubro, entrevistou 3.707 empresas dos setores de indústria, comércio, serviços e construção civil.
Mesmo com a crescente demanda por produtos — impulsionada pelo avanço do comércio eletrônico nos últimos anos e pela valorização das embalagens sustentáveis — o Grupo Mazurky, indústria especializada em soluções de papelão ondulado e sediada em Mauá, na região do Grande ABC, enfrenta dificuldades para preencher vagas abertas, especialmente em áreas técnicas e operacionais.
A companhia, existente no mercado há 20 anos, tem acompanhado as transformações do mercado, investindo em inovação, sustentabilidade e eficiência produtiva para atender a essa demanda crescente. Com um parque fabril que opera diversos maquinários, como impressoras flexográficas e digitais, máquinas de corte e vinco, coladeiras e riscadoras, a necessidade de mão de obra especializada se torna indispensável para manter a qualidade e a eficiência dos produtos.
“Atualmente, a empresa precisa de 17 operadores especializados para atender sua demanda. Embora a automação e o avanço tecnológico tenham possibilitado a substituição de algumas funções pela mecanização, adotamos uma abordagem estratégica para realocar e treinar internamente nossos colaboradores, garantindo a continuidade da experiência e o aproveitamento do conhecimento técnico dentro da organização”, afirma o CEO do Grupo Mazurky, Eduardo Mazurkyewistz.
Segundo o executivo, a principal dificuldade no recrutamento de novos profissionais está na especificidade do setor de papelão, que exige habilidades técnicas e experiência prática no manuseio de máquinas. A empresa mantém hoje 127 colaboradores, entre temporários e efetivos.
“A escassez de profissionais capacitados e a alta rotatividade da mão de obra impactam diretamente a busca por talentos. Além disso, encontrar candidatos que combinem conhecimento técnico com habilidades comportamentais, como flexibilidade e comprometimento, tem sido um grande desafio”, explica.
Segundo Mazurkyewistz, as qualificações mais difíceis de encontrar são a experiência prática com os equipamentos de produção e a formação técnica específica, obtida em instituições como o SENAI ou em cursos profissionalizantes. “Para mitigar esse cenário, investimos em treinamentos internos, onde profissionais mais experientes atuam como multiplicadores do conhecimento para os novos contratados. Essa estratégia tem sido essencial para minimizar o impacto da adaptação dos novos funcionários na produtividade da fábrica”, destaca.
Sobre o Grupo Mazurky - Há 20 anos no mercado, a Mazurky é uma empresa especializada em soluções em papelão ondulado, como caixas de papelão, displays, PDVs (pontos de venda) e projetos especiais. Localizada em Mauá, ao lado do Rodoanel, na região do ABC Paulista, a organização investe em tecnologia de ponta, com equipamentos de última geração e alta capacidade para a produção de embalagens em todos os tamanhos e formatos, podendo ser produzidas desde o Kraft pesado ao papelão reciclado.
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