Declarações improvisadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos últimos meses seguem preocupando apoiadores do governo e dando munição a opositores. Por vezes, o Planalto é levado a agir para contornar a situação e esclarecer intenções do presidente.
Nesta quarta-feira, 12, ele afirmou que colocou uma “mulher bonita” – se referindo à Gleisi Hoffmann – na articulação política porque quer ter uma boa relação com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
“É muito importante trazer aqui o presidente da Câmara e o presidente do Senado. Porque uma coisa que quero mudar é estabelecer relações com vocês. Por isso, coloquei essa mulher bonita para ser ministra de Relações Institucionais, porque não quero mais ter distância de vocês”, disse.
A deputada petista licenciada assumiu a Secretaria de Relações Institucionais na segunda-feira, 10.
Em fevereiro, o presidente sugeriu que as pessoas não comprassem produtos caros no supermercado como uma “solução” para estimular a regulação dos preços dos alimentos. A declaração provocou críticas da oposição, que acusou Lula de “zombar da população na cara dura”, e também uma retratação nas redes sociais.
No mesmo dia, o presidente publicou em seu perfil do X (antigo Twitter) mensagem afirmando que buscaria uma solução para a alta dos preços ao lado dos setores produtivos e atacadistas. “Eu vivi grande parte da minha vida numa fábrica e sei que o preço dos alimentos é uma questão importante para o povo”, diz trecho da postagem.
Ainda sobre a inflação dos alimentos, na semana passada, Lula disse que se as medidas já lançadas pelo governo para baixar os preços não funcionassem, “medidas drásticas” poderiam ser tomadas. A declaração sugeria que o governo poderia adotadar medidas artificiais para controle dos valores, por exemplo.
A manifestação fez o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), precisar esclarecer que não havia medidas drásticas em estudo, na tentativa de minimizar o mal-estar com o setor do agronegócio.
Já em janeiro, pouco antes de o ministro Sidônio Palmeira assumir a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o presidente Lula falou que os amantes são mais apaixonados pelas mulheres do que os maridos. Na ocasião, ele se definiu como um “amante da democracia” em evento que recordou os dois anos dos atos antidemocráticos em 8 de janeiro de 2023.
“A democracia é uma coisa muito grande para quem ama a liberdade, para quem ama a cultura, para quem ama a igualdade de direitos. Somente em um processo democrático a gente pode conquistar isso. É por isso que eu sou um amante da democracia, não sou nem marido, eu sou um amante da democracia, porque, na maioria das vezes, os amantes são mais apaixonados pelas amantes do que pelas mulheres”, afirmou Lula.
No ano passado, o presidente também colecionou “pérolas”, como ter dito que “se o cara é corintiano, tudo bem”, sobre aumento da violência contra mulheres após jogos de futebol.
Em fevereiro de 2024, ele perguntou a uma jovem negra que participava de um evento se ela era “cantora” ou “percussionista”, porque “afrodescendente assim gosta do batuque de um tambor”.
Desde que o marqueteiro Sidônio assumiu a Comunicação, há dois meses, a mudança mais relevante foi o aumento do contato de Lula com a imprensa, mais frequente que nos últimos dois anos.
O presidente também passou a viajar mais pelo Brasil, dando entrevistas a rádios e jornais locais em suas visitas para cumprir agendas oficiais e divulgar ações e resultados do governo.
Fonte: Estadão
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